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30 setembro, 2013

Quem agradece


Quem agradece a Deus a vida que recebe;
O corpo em que se exprime, e o tempo que desfruta;
A luz do entendimento, e o poder do servir;
As afeições queridas. E os bens de que dispõe;
Não sabe examinar, os defeitos alheios.
E nem encontra ensejo para se lastimar.
Pelo Espírito Emannuel, Chico Xavier  
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

29 setembro, 2013

TUS PERTENENCIAS


Un hombre murió intempestivamente.
Al darse cuenta vio que se acercaba Dios,
Quién llevaba una maleta y le dijo:
Bien hijo mío, es hora de irnos.....
El hombre asombrado , le preguntó: Ya...tan pronto! Tenía planes..
Lo siento hijo... Pero es el momento de tu partida.
¿Que traes en la maleta?
Tus pertenencias...
¿Mis pertenencias? ¿son mis cosas, mis ropas, mi dinero?
Lo siento hijo, las cosas materiales que tenías, nunca te pertenecieron... eran de la Tierra.
¿Traes mis recuerdos?
Lo siento hijo, esos ya no vienen contigo. Nunca te pertenecieron, eran del tiempo.
¿Traes mis talentos?
Lo siento hijo pero eso nunca te pertenecieron. Eran de las circunstancias.
¿Traes a mis amigos, a mis familiares?
Lo siento hijo, pero ellos nunca te pertenecieron. Eran del camino.
¿Traes a mi mujer y mis hijos?
Lo siento hijo, ellos nunca te pertenecieron. eran de tu corazón.
Baú, Minas Gerais século XVIII, Brasil

Traes mi cuerpo?
Lo siento hijo, ese nunca te perteneció. Ese era de polvo.
¿Entonces traes mi alma?
Lo siento hijo, pero ella nunca te perteneció... era mía.
Entonces el hombre lleno de miedo, arrebató a Dios, la maleta y al abrirla se dió cuenta que estaba vacía.
Con una lágrima de desamparo brotando de sus ojos, el hombre le dijo a Dios: ¿Nunca tuve nada?
Si Hijo mío...Cada uno de los momentos que viviste fueron sólo tuyos.
La vida es sólo un momento. Un momento todo tuyo, disfrútalo en su totalidad.... Que nada de lo que crees que te pertenece TE DETENGA....

MORALEJA: Vive el AHORA, vive TU VIDA y no te olvides de SER FELIZ
Extraído de la Revista Luz Eterna 

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE A DOUTRINA ESPÍRITA."

28 setembro, 2013

CARTAZ

O LIVRO DOS ESPÍRITOS -----
O que é Deus?
– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.
2 O que devemos entender por infinito?
– O que não tem começo nem fim; o desconhecido; tudo o que é desconhecido é infinito.
3 Poderíamos dizer que Deus é infinito?
– Definição incompleta. Pobreza da linguagem dos homens, que é insuficiente para definir as coisas que estão acima de sua inteligência.
 Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é infinito é tomar o atributo de uma coisa por ela própria, é definir uma coisa que não é conhecida por uma outra igualmente desconhecida.
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

27 setembro, 2013

Abismo



Aquele homem olhava para o chão.
Como tantos homens iguais, aquele também olhava para o chão
e nem mais percebia como era o caminho,
só sabia que em breve aquela estrada terminaria num penhasco e tudo,
finalmente, teria fim...
Ouvia o ruído do cascalho nos seus pés descalços, sentia o vento a soprar seus cabelos, via o chão vermelho e árido, e tudo convidava a retornar e tentar mais uma vez.
 
No entanto a voz das suas decepções insistia em falar mais alto,
o sentido de não significar nada para si mesmo o dominava,
e a visão de um final rápido o estimulava...
Estava se aproximando do ponto onde o caminho se tornava precipício,
e ali parou para pensar em coisas que havia escutado em sua vida.
Lembrou de quando lhe disseram que viver era aprender, lembrou de quando lhe falaram que viver era ensinar, lembrou de quando lhe ensinaram a tentar de novo...
Mas tudo isso parecia tão distante... quedou perante o abismo afinal.
 
A um passo estava a possível liberdade, tudo seria tão rápido...
Como mantinha os olhos voltados para baixo, percebeu seus pés sujos,
e o chão árido...
Sua alma também estava árida e suja.
gritou e blasfemou, e sua voz chegou às montanhas e retornaram.
Era engraçado – o eco parecia ainda mais alto que o brado inicial...
e as blasfêmias e gritos continuaram retumbando por algum tempo.
Gritou ainda mais – era como uma despedida sonora antes do salto planejado e desejado há tanto tempo...
E foi neste instante, enquanto as nuvens se abriam mostrando um sol dourado de fim de tarde, que uma brisa soprou um pouco mais forte e ele pode ouvir uma voz, que não era a sua. não era o eco de seus impropérios, nem o sibilar do vento...
 
Era alguém que se aproximava e o chamava de irmão...
sentiu a mão quente de alguém a lhe tocar o ombro e teve coragem para erguer os olhos pela primeira vez depois de tanto tempo...
Um homem, cujo olhar reunia o mistério dos seres encantados,
cuja boca tinha o mel dos sorrisos infantis, e cujo tom de voz reproduzia a confiança dos sábios, estava parado ali ao seu lado.
Parecia não temer o abismo e não mostrava nenhuma força ou interesse,
capaz de impedi-lo de fazer o que pretendia...
Teve coragem então para dizer: estou no fim da linha, já basta o que passei.
 
E esperou alguns instantes antes de ouvir uma voz que parecia reverberar dentro de sua própria mente. e foi assim que o estranho falou:
Sei como se sente. a mais dura das experiências é a de caminhar sozinho
e com só uma alternativa.
Mas, olhe para as montanhas ao longe, veja como são silenciosas... solitárias também...
 
Mas bastou que lançasse seus gritos para que gritassem também.
Olhe para elas... o que será que gritariam se fosse outro o seu brado?
experimente gritar amor...
O homem hesitou ante a proposta do estranho.
Será que conseguiria gritar palavra tão sublime?
Ainda que a dúvida fosse amarra poderosa, ele gritou.
A princípio com a voz baixa dos inseguros.
 
Gritou amor mais uma vez já com um pouco mais de força, força que ia surgindo do próprio esforço em gritar.
Gritou amor mais uma vez e a plenos pulmões e pode se sentir abraçado
pelo eco de amor que retornava...
 
O estranho então disse:
Você tem a energia dos gigantes, fez as montanhas falarem!
O que acontecerá quando gritar a palavra paz?
E dessa vez foi mais fácil. Já possuía a força do amor, e gritou: paz!  
E as montanhas berraram também em seguida.
Com os recursos do amor e da paz, não foi difícil atender ao convite seguinte, quando o estranho lhe pediu que gritasse esperança.
E assim ele fez. E a tarde ouviu o eco abençoado se espalhando
por toda parte...

 
Ele já olhava para o alto, respirava mais profundamente,
sentia o amor, a paz e a esperança penetrando-lhe a alma...
O abismo a seus pés já não interessava tanto quanto o céu aberto
por alvas nuvens e pássaros ligeiros...
O estranho sorria, e seu sorriso era pura compreensão...
 
O homem perguntou: e o que faço com meus erros?
O estranho respondeu: abrace-os...
Perguntou de novo: e o que faço com meus medos?
E a resposta foi: abrace-os...
E mais uma vez inquiriu: e minhas dúvidas, infelicidades, fracassos e desacertos?
A resposta foi: abrace-os. Abrace tudo o que de alguma forma teve importância para o seu crescimento. e se o aprendizado foi bem realizado, nada disso precisará permanecer.
O caminho agora é feliz. o sofrimento é mensageiro desagradável que traz encomenda importante. receba a encomenda e diga adeus ao mensageiro.
 
E diga adeus com cortesia e gratidão...
O homem respirou fundo mais uma vez e perguntou:
E onde foi que você aprendeu tantas coisas?
O estranho, com a calma dos que sabem esperar simplesmente disse: Aprendi tudo isso quando o amor desceu à terra...
 
Agora era o momento de retornar, o homem deu meia volta e viu o que antes lhe era invisível, viu que do cascalho árido do chão saiam arbustos
cheios de flor e árvores carregadas de frutos.
Olhou para o estranho e disse: o que farei quando quiser
mais uma vez me lançar no abismo? Como encontrarei você de novo para me salvar?
 
O estranho apenas lhe sorriu e, magicamente, transformou-se em luz,
que foi entrando em seu peito bem devagar...
Por Kau Mascarenhas - Escritor Espírita 
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

26 setembro, 2013

Calma e Esperança


Quando a dor te apareça, não te ausentes da prova... Aquilo que se apura nasce do sacrifício. O buril fere a pedra faz-se a pedra obra-prima. No trabalho que faças o Céu trabalha em ti. Ergue a fronte, coragem!... A vida te pertence. Ninguém pode afastar-se do programa de Deus.

Seja qual for a provação que te visita, acalma-te e espera.
Muitas vezes, quando a resposta do Céu parece tardar, ante o pedido que formulaste, em oração, semelhante demora significa que o Céu, em silêncio, permanece contando com a tua paciência.
Emmanuel, duas mensagens: "Ergue a Fonte" , F. C. Xavier

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

24 setembro, 2013

Amigos do Cristo


A atividade de Chico Xavier era exaustiva, longas psicografias, multidões a atender, horas intermináveis, madrugada adentro. Perguntaram-lhe como conseguia manter-se firme, sereno, atencioso, ligado no trabalho... O médium respondeu numa única palavra: – Aceitação.
 

Francisco Cândido Xavier (1910-2002)
Em meus tempos de bancário, funcionário do Banco do Brasil, deparava-me com colegas insatisfeitos, não obstante trabalharem na maior instituição financeira do país, que remunerava regiamente seus funcionários.
Conversávamos a respeito. Eu dizia:– Ruim para você e para o Banco trabalhar de má vontade, insatisfeito, como se estivesse carregando o peso do Mundo nas costas.
E vinha a ladainha: – Odeio o serviço bancário! A chefia é incompetente e autoritária! Acho horrível a escravidão do horário!
– Então, meu caro, por que não pede demissão e vai cuidar da vida? Você não é obrigado a vincular-se a um serviço que lhe é indesejável!

Na verdade, contam-se nos dedos os que enxergam no serviço bancário a profissão ideal. Rotinas cansativas, salário insatisfatório, excesso de trabalho, jornadas além do horário normal, pressões da administração…


Aqui entra a aceitação de que fala Chico. Em qualquer atividade, podemos não estar fazendo o que gostamos, mas é fundamental aprender a gostar do que fazemos, cumprindo nossas funções com diligência e serenidade, em nosso próprio benefício.
 
Não obstante, é preciso definir bem essa questão, considerando que há dois tipos de aceitação:


Estática. A pessoa faz o que lhe pedem, sem usar a imaginação. Não pensa em melhorar, em produzir mais. Não se empenha. É o burocrata comprometido com preguiçosa rotina, entediado com as tarefas que lhe foram confiadas.

Dinâmica. A pessoa considera as necessidades do serviço e procura fazer o melhor, aprimorando-se, produzindo cada vez mais. É o servidor dotado da imaginação criadora e produtiva de quem ama o que faz.
Há quem adote no Centro Espírita uma participação estática. Considera que é preciso trabalhar no campo do Bem, fazer algo em favor do semelhante...
Essa aceitação de tarefas por mera obrigação é indesejável. São os voluntários que, invariavelmente, fazem menos do que lhe foi confiado, na base do chegar depois e sair antes.

 
Lembram a expressão evangélica (Lucas, 17:10): …quando fizerdes tudo que vos foi mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer.
 

Melhor é a aceitação dinâmica das tarefas, inspirada no amor ao serviço.
É o voluntário que se empenha, que vibra com seu trabalho, que sempre chega mais cedo e não tem pressa de sair. Este atinge o patamar ideal, algo bem mais importante do que um simples servidor, conforme afirma Jesus (João, 15:14 e 17):
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
E explica o que espera de nós: Amai-vos uns aos outros.
 

Na dinâmica do trabalho, estaremos sempre servindo a alguém, seja na atividade profissional, no lar, na sociedade, na instituição filantrópica.
Se o fizermos com amor, faremos bem feito. Mais que isso, será ao próprio Cristo que estaremos servindo.
 

Era o que Chico fazia. Por isso, não lhe pesavam os compromissos e dificuldades. Exercitava a aceitação dinâmica de quem ama o que faz pelo próximo, porque o próximo ama. Por Richard Simonetti
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23 setembro, 2013

Você consegue!

Escultura - Gaylord Ho

Lembrar que alguém vela por mim do Mais Alto, embora eu não saiba seu nome, quem é ou quem foi em meu passado. Mas sei que existe, pela imensa ajuda que tenho recebido vida afora através de múltiplas formas. Foram acontecimentos inesperados, que encheram meu coração de alegria e encantamento, foram horas amenas, resultados positivos, encontros felizes e realizações que somaram pontos ao meu engrandecimento espiritual... Fiz coisas que sei, do fundo do coração, que não conseguiria fazer por mim mesmo. Havia algo ou alguém comigo, me ajudando, dando forças, incentivando, dizendo no mais íntimo de mim mesmo: "Você consegue!... Quantas vezes chorei pensando que não haveria saída e de repente, assim do nada, uma ideia repleta de paz e esperança me indicava a solução para o drama? 


Quantas vezes tropecei e alguém me reergueu, amorosamente, indicando novas oportunidades de refazer tarefas que eu julgava perdidas? Hoje sei que meus amigos espirituais, velhos companheiros da retaguarda, são os corações que velam por mim do Além, me orientando através da intuição o caminho a ser seguido... Que eu saiba ouvi-los sempre, que eu consiga me manter em sintonia com eles para não errar. E se isso acontecer, que eu não os culpe, que eu procure em minha negligência ou em minhas tendências inferiores o motivo da queda e consequente sofrimento. Os Bons Espíritos estão conosco para nos orientar para o Bem. Cabe a nós dar-lhes espaços para que juntos triunfemos sobre todo o mal!"

Assim seja!
Textos exclusivos do Instituto André Luiz. 

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

22 setembro, 2013

Dinheiro

Dinastia Ming - Período Yongle 1403-1424, China

O dinheiro não é luz, mas sustenta a lâmpada.

Não é a paz, no entanto, é um companheiro para que se possa obtê-la.

Não é calor, contudo, adquire agasalho.

Não é poder da fé, mas alimenta a esperança.

Não é amor, entretanto, é capaz de tornar-se valioso ingrediente na proteção afetiva.

Não é tijolo de construção, todavia, assegura as atividades que garantem o progresso.

Não é cultura, mas apoia o livro.

Não é visão, porém, ampara o encontro de instrumentos que ampliam a capacidade dos olhos.

Não é base na cura, no entanto, favorece a aquisição do remédio.

Em suma, o dinheiro associado à consciência tranquila é:

Alavanca do trabalho e fonte da beneficência;

Apoio da educação e alicerce da alegria;

Uma bênção do Céu que, de modo imediato, nem sempre faz felicidade, mas sempre faz falta.

Bezerra de Menezes / Médium Chico Xavier - Livro: Caridade - Ed. IDE
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21 setembro, 2013

Familiares problemas


Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência de arrastou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se faz presente.
Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.
 
Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.
 
Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.
 
Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.
 
É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.
Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.
 
O divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana da vez que os cônjuges se confessam à beira da delinquência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.
 
Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

Pelo Espírito Emmanuel, médium Francisco Cândido Xavier 
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19 setembro, 2013

Alucinação auditiva ou mediunidade?

Vicent van Gogh, Auto-Retrato, com chapéu de feltro, 1887

Dr. Marius Romme: A revista americana Time trouxe, em uma de suas edições de março, a opinião de pesquisadores europeus sobre a alucinação auditiva, que perturba 1 a cada 25 pessoas em todo o mundo. E a conclusão abre espaço a uma possibilidade no meio científico: há algo além nos diagnósticos apresentados pelos psiquiatras, que transcende conceitos de perturbações, alucinações e sintomas esquizofrênicos. De acordo com os estudos realizados na Inglaterra e Holanda, muitos dos pacientes que relatavam ouvir vozes, de pessoas que estavam no ambiente, não tinham traços de esquizofrenia.
Uma dessas pessoas é o empresário inglês Peter Bullimore, que aos 7 anos teve suas primeiras alucinações. Aos 10 anos, ele passou a ouvir aproximadamente 20 vozes ameaçadoras que, por duas décadas, o incentivavam a roubar e até o levaram a tentar o suicídio. Anos de tratamento psiquiátrico não ofereceram a melhora esperada, então Bullimore decidiu procurar um grupo de apoio a pessoas que também passavam pela mesma experiência. Uma década depois, ele não está mais à mercê dos caprichos das vozes: Agora, quando discutimos, é nos meus termos e não nos delas.
Em fevereiro deste ano, Bullimore dividiu suas experiências com 150 pessoas que também ouvem vozes em uma conferência realizada na Universidade de East London, na Inglaterra, patrocinada pela Hearing Voices Network (HVN), uma organização que reúne pessoas com o intuito de trocar histórias e diferentes estratégias para lidar com as vozes.

Se você sente que é uma pessoa normal, mas ouve vozes estranhas, já procurou ajuda médica e tratamento, sem alcançar melhoras, preste atenção nas recomendações abaixo:-Dez conselhos aos que ouvem vozes
1) Ouvir vozes pode ser um fenômeno ligado à mediunidade. O primeiro passo, portanto, é procurar saber o que é ser médium. O estudo, então, é indispensável.
2) Procure uma casa espírita orientada nos ensinamentos de Allan Kardec. E prossiga, desenvolvendo a mediunidade e estudando.
3) Todas as pessoas são médiuns, mas você pertence à categoria dos ostensivos, ou seja, pode ser que você tenha uma tarefa específica a realizar, em auxílio aos familiares e aos irmãos em humanidade.
4) No princípio, pode ser que as vozes insuflem ideias inferiores. Procure estar atento à orientação espiritual superior para reter somente as boas orientações.
5) É preciso desenvolver a mediunidade com a ampliação do bom senso e do discernimento. Nem tudo o que os espíritos dizem pode ser repassado às pessoas.
6) Os espíritos superiores não se preocupam com as coisas passageiras da matéria. Tenha ouvidos de ouvir. Aprenda, portanto, a ouvir as vozes com autocrítica.
7) Não aceite insinuação de que você deve cobrar pelos serviços mediúnicos. Dai de graça o que de graça recebestes, disse Jesus.
8) Se os familiares não aceitam os fenômenos mediúnicos como normais e insistem em tratá-lo como doente, mostre que o desenvolvimento mediúnico está surtindo efeito e que você não tem necessidade de acompanhamento médico. Faça isso com humildade.
9) Ore pelos espíritos infelizes, abençoando-os, e por você, pedindo forças a Deus para cumprir sua tarefa. Mantenha assiduidade aos compromissos espirituais.
10) Aplique-se à caridade. O bom médium apura a sua sensibilidade extra-sensorial no exercício do amor ao próximo.
Maio de 2008 - Edição número 405

Por Associação Médica Espírita de Santos-SP 

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13 setembro, 2013

Diferenças

Auguste Rodin (1840-1917) escultor francês

Nas variadas escolas do Cristianismo, vemos milhares de pessoas que, de alguma sorte, se ligam ao Mestre e Senhor.
Há corações que se desfazem nos louvores ao Grande Médico, exaltando-lhe a intercessão divina nos acontecimentos em que se reconheceram favorecidos, mas não passam das afirmativas espetaculares, qual se vivessem indefinidamente mergulhados em maravilhosas visões. São os simplesmente beneficiários e sonhadores...
 

Há temperamentos ardorosos que impressionam da tribuna, através de preleções eruditas e comovente, em que relacionam a posição do Grande Renovador, na religião, na filosofia e na história, não avançando, contudo, além dos discursos preciosos. São os simplesmente sacerdotes e pregadores...
 

Há inteligências primorosas que vazam páginas sublimes de crença consoladora, arrancando lágrimas de emoção aos leitores ávidos de conhecimento revelador, todavia, não ultrapassam o campo do beletrismo religioso. São os simplesmente escritores e intelectuais...
 

Existe, no entanto, nos trabalhos da Boa Nova, um tipo de cooperador diferente: louva o Senhor com pensamentos, palavras e atos, cada dia, distribui o tesouro do bem, por intermédio do verbo consolador, sempre que possível, escreve conceitos edificantes, em torno do Evangelho, toda vez que as circunstâncias lho permitem, porém ultrapassa toda pregação falada ou escrita, agindo incessantemente na sementeira do bem, em obras de sacrifício próprio e de amor puro, nos moldes de ação que o Cristo nos legou.
Emmanuel, da mensagem "Diferenças", Fonte Viva, 63, Francisco C. Xavier 

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09 setembro, 2013

Pedir esmolas

Vicente de Paulo, 1581-1660, sacerdote católico francês

No mecanismo de relações comuns, o pedido de uma providência material tem o seu sentido e a sua utilidade oportuna, como resultante da lei de equilíbrio que preside o movimento das trocas no organismo da vida.
A esmola material, porém, é índice da ausência de espiritualização nas características sociais que a fomentam.
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material; todavia, é oportuno considerar que, à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
Quem se esforça, nos bastidores da consciência retilínea, dignifica-se e enriquece o quadro de seus valores individuais.
E o cristão sincero, depois de conquistar os elementos da educação evangélica, não necessita materializar a ideia da rogativa da esmola material, compreendendo que, esperando ou sofrendo, agindo ou lutando, nos esforços da ação e do bem, há de receber, sempre, de acordo com as suas obras e de conformidade com a promessa do Cristo.

- Pelo Espírito Emmanuel - 1940, médium Chico Xavier "JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL:

04 setembro, 2013

Esforço Pessoal

FOTO - East Side Public School 1888-95, Jacob August Riis
As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.

Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.

Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio.

                                 *

E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives.

                                *

Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.

                               *

Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.

De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.

                             *

Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranquilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.

                            *

A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.

                             *

As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. oferecendo-lhe reajuste e renovação.

Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.

                          *

Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.

A inundação resulta da gota de água.

A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam.

A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica.

Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á.

A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma.

Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade.

E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada.

                                * * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Coragem.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis - Salvador, BA: LEAL, 1988.

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

02 setembro, 2013

Evangelização

PINTURA - Omar Ortiz, México(1976 - )

A jovem reclama atribulada:
– Chico, estou com Espírito mau encostado. Por caridade, tire ele de mim!

 
E o médium: – Uai, gente! Para que tirar Espírito?! Vamos nos evangelizar todos juntos, encarnados e desencarnados!
Episódio simples, trazendo em seu bojo o bom-humor temperado de sabedoria que caracterizava o médium de Uberaba.
Há aqui material para interessantes reflexões.
A primeira diz respeito ao chamado encosto.
Segundo informações da espiritualidade, a população de Espíritos desencarnados é superior à dos encarnados. Perto de seis bilhões e quatrocentos milhões, aqui. Perto de dezenove bilhões, além.
Embora o Plano Espiritual, a morada dos Espíritos, desdobre-se em vários planos, considerável parcela dos desencarnados concentra-se na crosta terrestre, presos aos interesses, paixões e vícios que aqui cultivaram.

Situam-se como balões que não conseguem subir por trazerem em seu bojo lastros pesados. Acabam envolvendo-se com os homens, atendendo a motivações variadas.
Geralmente a visão que temos de sua influência é extremamente negativa, condicionada por velhas fantasias sobre seres demoníacos que perseguem os homens.
Popularmente, consagrou-se da ideia do encosto, um ser invisível que nos persegue, perturba e oprime.

Em alguns círculos religiosos o encosto é repelido e afastado com rituais de exorcismo, aplicados com veemência, encaminhando-os às supostas origens, nas profundezas do inferno.
Infelizmente, há muita ignorância em relação ao assunto, a partir da própria expressão. O Espírito não encosta na vítima. Apenas estabelece sintonia com ela, imprimindo algo de suas perplexidades, dúvidas e males que o atormentam.

 
Tratá-lo como um inimigo cruel, que deve ser afastado a todo custo, é no mínimo falta de caridade. Ele precisa, e muito, não de exorcismo, mas de ajuda e orientação, a fim de que supere suas dificuldades e adquira condições para ser atendido por mentores espirituais.

Então, não se trata de expulsar o adversário, mas de ajudar o irmão, um filho de Deus como nós outros. E o Senhor há de apreciar, como o faria qualquer pai da Terra, nossa boa vontade.
O leitor naturalmente estará evocando a figura do perseguidor, o Espírito que maltrata suas vítimas, por vingança ou insólito prazer. Argumentará: – Esse ser maléfico deve ser execrado e afastado com todos os recursos de que possamos dispor, a fim de que deixe de perturbar as pessoas.

 
Aqui entra a orientação sábia de Chico: Evangelho nele!
E como evangelizar o Espírito, convencendo-o de que labora em engano, que deve modificar suas disposições?
É simples: Evangelho em nós!
Como sabemos, meu caro leitor, a didática do Evangelho é o exemplo. Ensinar praticando.

Mesmo quando estejamos às voltas com obsessores vingativos a nos perseguirem, se nos empenharmos em vivenciar as lições de Jesus; se não nos deixarmos dominar por sentimentos negativos; se exercitamos todo bem ao nosso alcance, estaremos elevando nosso padrão vibratório, com o que nos libertaremos, automaticamente, de sua influência.
Melhor que isso: acabaremos por modificar suas próprias disposições. O Evangelho é irresistível. Por mais empedernido seja um obsessor, não conseguirá agredir por muito tempo alguém que responde às suas agressões com um comportamento cristão.
Richard Simonetti
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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