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19 setembro, 2013

Alucinação auditiva ou mediunidade?

Vicent van Gogh, Auto-Retrato, com chapéu de feltro, 1887

Dr. Marius Romme: A revista americana Time trouxe, em uma de suas edições de março, a opinião de pesquisadores europeus sobre a alucinação auditiva, que perturba 1 a cada 25 pessoas em todo o mundo. E a conclusão abre espaço a uma possibilidade no meio científico: há algo além nos diagnósticos apresentados pelos psiquiatras, que transcende conceitos de perturbações, alucinações e sintomas esquizofrênicos. De acordo com os estudos realizados na Inglaterra e Holanda, muitos dos pacientes que relatavam ouvir vozes, de pessoas que estavam no ambiente, não tinham traços de esquizofrenia.
Uma dessas pessoas é o empresário inglês Peter Bullimore, que aos 7 anos teve suas primeiras alucinações. Aos 10 anos, ele passou a ouvir aproximadamente 20 vozes ameaçadoras que, por duas décadas, o incentivavam a roubar e até o levaram a tentar o suicídio. Anos de tratamento psiquiátrico não ofereceram a melhora esperada, então Bullimore decidiu procurar um grupo de apoio a pessoas que também passavam pela mesma experiência. Uma década depois, ele não está mais à mercê dos caprichos das vozes: Agora, quando discutimos, é nos meus termos e não nos delas.
Em fevereiro deste ano, Bullimore dividiu suas experiências com 150 pessoas que também ouvem vozes em uma conferência realizada na Universidade de East London, na Inglaterra, patrocinada pela Hearing Voices Network (HVN), uma organização que reúne pessoas com o intuito de trocar histórias e diferentes estratégias para lidar com as vozes.

Se você sente que é uma pessoa normal, mas ouve vozes estranhas, já procurou ajuda médica e tratamento, sem alcançar melhoras, preste atenção nas recomendações abaixo:-Dez conselhos aos que ouvem vozes
1) Ouvir vozes pode ser um fenômeno ligado à mediunidade. O primeiro passo, portanto, é procurar saber o que é ser médium. O estudo, então, é indispensável.
2) Procure uma casa espírita orientada nos ensinamentos de Allan Kardec. E prossiga, desenvolvendo a mediunidade e estudando.
3) Todas as pessoas são médiuns, mas você pertence à categoria dos ostensivos, ou seja, pode ser que você tenha uma tarefa específica a realizar, em auxílio aos familiares e aos irmãos em humanidade.
4) No princípio, pode ser que as vozes insuflem ideias inferiores. Procure estar atento à orientação espiritual superior para reter somente as boas orientações.
5) É preciso desenvolver a mediunidade com a ampliação do bom senso e do discernimento. Nem tudo o que os espíritos dizem pode ser repassado às pessoas.
6) Os espíritos superiores não se preocupam com as coisas passageiras da matéria. Tenha ouvidos de ouvir. Aprenda, portanto, a ouvir as vozes com autocrítica.
7) Não aceite insinuação de que você deve cobrar pelos serviços mediúnicos. Dai de graça o que de graça recebestes, disse Jesus.
8) Se os familiares não aceitam os fenômenos mediúnicos como normais e insistem em tratá-lo como doente, mostre que o desenvolvimento mediúnico está surtindo efeito e que você não tem necessidade de acompanhamento médico. Faça isso com humildade.
9) Ore pelos espíritos infelizes, abençoando-os, e por você, pedindo forças a Deus para cumprir sua tarefa. Mantenha assiduidade aos compromissos espirituais.
10) Aplique-se à caridade. O bom médium apura a sua sensibilidade extra-sensorial no exercício do amor ao próximo.
Maio de 2008 - Edição número 405

Por Associação Médica Espírita de Santos-SP 

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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