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16 julho, 2014

Desafios da vida

 morcego-pescador (Noctilio leporinus)

A dinâmica da vida é feita de desafios.

Constantemente as capacidades de todos os seres vivos que habitam este mundo, são desafiadas.

Algumas plantas só conseguem nascer porque as sementes aceitam o desafio de viajar pelo ar, superar os obstáculos e germinar em solo fértil.

Outras criam dispositivos para lançar as sementes à distância, com a força de uma pequena, mas decisiva explosão.

Os mecanismos que possibilitam a vida das plantas são os mais variados e intrigantes, basta observar.

Os animais também são desafiados a superar os próprios limites a todo instante.

Peixes que vivem em rios, buscam alternativas fora da água para garantir o alimento.

Existem alguns que disparam jatos d`água com a boca, alvejando insetos que estão na folhagem, à beira do rio.

Aves vão em busca de alimento nas águas, como o morcego-pescador, a águia, e outros pássaros.

Cobras que desafiam sua condição de rastejar pelo chão e serpenteiam no ar, voando de uma árvore à outra.

Quem já não ouviu falar de esquilos, rãs, lagartos e outros bichos voadores?

Insetos que criam mecanismos de disfarce perfeito, garantindo a própria sobrevivência e a de sua espécie.

São os desafios da vida...

Nenhum ser vivo permanece passivo na natureza. Todos precisam vencer obstáculos, superar os limites, crescer sempre.

Com o ser humano não é diferente. Não há como evoluir sem vencer os obstáculos e superar os desafios naturais da vida.

E assim sendo, como acontece com animais e plantas, o homem também precisa fazer os esforços necessários para superar limites e desenvolver novas faculdades.

Não há como terceirizar a tarefa de adquirir conhecimento e conquistar novas possibilidades de progresso.

Na lei de progresso não está previsto um intermediário, para nos substituir na aquisição das qualidades intelecto-morais.

Esse é um trabalho individual e intransferível...

Ao observar a história da humanidade podemos constatar que o homem fez grandes e importantes progressos, desde que iniciou sua trajetória nas cavernas.

Progrediu tanto fisicamente como na aquisição de valores intelectuais e morais.

Isso porque o espírito é imortal e seus conhecimentos e conquistas são cumulativos e jamais se perdem, nem mesmo quando ele sai do corpo, pela morte.

Esse artífice do progresso, que é o ser imortal, o espírito que viaja através de vários corpos, vai se aperfeiçoando e adquirindo novas possibilidades.

O corpo físico é seu instrumento de trabalho. O espírito se utiliza dele para desenvolver suas faculdades.

O progresso é uma lei divina, e a reencarnação também.

Assim, a cada nova existência o Espírito se aperfeiçoa e aperfeiçoa também seu instrumento de trabalho, que é o corpo físico.

O objetivo dessas lições é a conquista da felicidade, da perfeição.

Não haveria mérito nenhum se o espírito fosse criado perfeito.

Mas construindo a si mesmo, utilizando-se dessa ferramenta chamada corpo, ele sairá vitorioso, após vencida essa etapa, e não mais precisará da matéria. Então será Espírito puro, como Jesus.

Essa não é uma proposta justa e racional, para dar sentido à vida?

Todos somos Espíritos imortais, e é pelos nossos esforços que conquistamos novas possibilidades, superando os desafios da vida.

Como Jesus foi criado antes de nós, chegou antes à perfeição, mas voltou para nos ensinar sobre esse processo, e nos disse: “Sede perfeitos, como perfeito é o Pai celestial.”

Com Sua autoridade intelecto-moral, Ele afirmou que nós podemos fazer o que Ele fazia, e muitas outras coisas.

Basta aproveitar os desafios que a vida no corpo nos oferece para adquirir as faculdades que nos possibilitarão alçar voos mais altos.

E o ponto de partida é o conhecimento das leis que regem a vida.

Pense nisso, e aceite esse desafio!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. XI, itens 10 a 32 do livro A Gênese, de Allan Kardec, ed. FEB. 
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO.

13 julho, 2014

Não espere viver

Caxemira é uma região do norte do subcontinente indiano, dividida entre Índia e Paquistão

"NÃO ESPERE VIVER sem problemas. Os problemas são ingredientes de evolução necessários ao caminho de todos.

Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo. Enfrente as consequências e retifique-se.

Não perca tempo e serenidade diante das decepções da estrada. Quem supõe decepcionar-nos está decepcionando a si mesmo.

Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.

Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se.

Simplifique seus hábitos.

Pratique humildade e silêncio toda vez que a violência e a irritação surjam em sua área.

Não tente beber ou dopar-se para fugir da própria mente, porque você sempre voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.

Lembre-se de que você é um espírito eterno e, se dispõe de paz na consciência, estará inatingível a qualquer injúria ou perturbação."
ANDRÉ LUIZ / Médium: Chico Xavier
 
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06 julho, 2014

A cada um segundo suas obras

Junonia rhdama, Madagascar

Nessa sentença de Jesus estão sintetizadas todas as leis que regem as questões ético-morais.

Mas de que maneira essa justiça se estabelece?

Que mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?

Primeiro é importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana, com base em códigos legais criados pelos próprios homens.

Quando há um litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o processo, julga e define as penalidades aplicáveis ao réu.

A duração das penas também é estabelecida pelo juiz.

Então podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a visão dos magistrados.

Mas com a justiça divina é diferente.

As consequências dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários.

Em caso de uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa também naturalmente, com o arrependimento efetivo e a reparação da falta.

Importante destacar que na justiça divina não há dois pesos e duas medidas. As leis são imutáveis e imparciais, e não podem ser burladas.

Um exemplo talvez torne mais fácil o entendimento.

Se alguém resolve beber uma dose considerável de veneno, as consequências logo surgirão no organismo, de maneira direta e natural.

Não é preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do indivíduo. Simplesmente o resultado aparece.

Castigo? Não. Consequência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha.

Os efeitos produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o religioso ou o ateu, a criança ou o adulto.

As leis divinas não contemplam exceções, nem concessões. São justas e equânimes.

E essas consequências duram tanto quanto a causa que as produziu.

Uma vez passado o efeito do veneno, resta consertar o estrago e seguir em frente. Por isso a necessidade da reparação.

Nesse caso devemos considerar que a lei da reencarnação se torna uma necessidade, para que cada um receba conforme suas obras, segundo a justiça divina.

Se a pessoa bebe veneno e morre, as consequências do seu ato a seguirão no mundo espiritual, pois ela sai do corpo mas não sai da vida.

Por vezes, é necessário renascer num novo corpo marcado pelos estragos que o veneno produziu.

Castigo? Certamente não. Consequência direta e natural.

No campo moral a justiça divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo suas obras, sem intermediários.

Mas como conhecer essas leis?

Ouvindo a própria consciência, que é onde se encontra esse código divino.

Não é outro o motivo que leva a pessoa corrupta, injusta, violenta, hipócrita, a tentar anestesiar a consciência usando drogas, embriagando-se para aplacar o clamor que vem da sua intimidade.

Uma vez mais podemos considerar que Jesus realmente é o maior de todos os sábios.

Numa sentença sintética ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a nossa felicidade.

Sim, porque se as consequências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde agora, consequências felizes para logo mais.

E se hoje sofremos as consequências de atos infelizes já praticados, basta colher os resultados, sem se queixar da sorte, e agir com uma conduta ético-moral condizente com o resultado que desejamos obter logo mais.

Pense nisso!

Nas leis divinas não existem penas eternas. As consequências infelizes duram tanto quanto a causa que as produziu.

Assim, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.

Dessa forma, se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos a sua consciência, que é sempre um guia infalível onde estão escritas as leis de Deus.

E, se em algum momento surgir a dúvida de como agir corretamente: faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco. Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em A Gênese, de Allan Kardec, item 32, cap. I.
 
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