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30 abril, 2011

Você se considera uma pessoa justa?



As respostas certamente são as mais variadas.
Uns dirão que nunca refletiram sobre o assunto.
Outros responderão imediatamente que não, que não se consideram justos.
Outros mais se consideram muito justos, e assim por diante.
Primeiramente, seria interessante definir o que seja justiça.
Na visão cristã, a justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais.
E as bases da justiça estão na afirmativa do Cristo de que queiramos para os outros o que queremos para nós.
Jesus coloca o próprio indivíduo como referencial da justiça já que ninguém, em sã consciência, deseja o mal para si mesmo.

Entendendo a justiça dessa maneira, se observarmos as nossas ações diárias perceberemos que não temos sido muito justos, salvo raras exceções.
No lar, por exemplo, quando deixamos de fazer a parte que nos cabe, no contexto familiar, estamos procedendo com injustiça.
É muito comum deixarmos portas e gavetas abertas, objetos fora do lugar, sujeiras espalhadas pelo chão, sem percebermos que estamos sendo injustos, pois alguém terá que fazer o que caberia a nós.
Não agimos com justiça ao estacionar o veículo ocupando espaços além do que necessitamos, impedindo que outros motoristas usem a vaga.

No trabalho, quando usamos material exageradamente, desperdiçando sem necessidade, agimos com injustiça.

Quando aproveitamos o tempo que nos está sendo remunerado pela empresa para fazer coisas particulares, somos injustos.

É comum enviarmos um fax, por exemplo, numa folha de papel contendo apenas algumas linhas. Além do desperdício do nosso papel, estamos obrigando o receptor a gastar sua bobina além do necessário. É injusto.
Pessoas que jogam papéis e outros objetos nas ruas e calçadas, agem com injustiça, mesmo que queiram desculpar seu gesto alegando que alguém é pago para fazer a limpeza.
Se levarmos em conta que a verdadeira justiça consiste em fazermos aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem, ainda estamos distantes de nos considerarmos pessoas justas.

O que ocorre, normalmente, é que queremos ver os nossos direitos respeitados, sem nos importar com o respeito que devemos aos demais, como prescreve a Doutrina Cristã.
Vale lembrar, no entanto, que, se somos injustos nas pequenas coisas, o seremos também nas grandes, pois Jesus recomenda que se quisermos ser grandes, antes, temos que aprender a ser pequenos. E isso é muito lógico.

Ninguém nasce já adulto. Construímos o nosso caráter aos poucos.

Dessa forma, praticando a justiça nas pequenas situações, estaremos nos preparando para a justiça em maior amplitude. Esse é o caminho.
        * * *
Embora a justiça dos homens não catalogue nossos pequenos delitos, eles não passam despercebidos pelas Leis Divinas.

Assim sendo, vale a pena agirmos com correção em todas as circunstâncias, pois conforme assegura nosso Irmão Maior, Jesus, receberemos de conformidade com as nossas obras, sejam elas grandes ou não.
Autor:Redação do Momento Espírita.

Testamento

Para os que têm filhos e para os que ainda terão, segue uma bonita reflexão ...
Você já providenciou o seu testamento?

Já decidiu a quem deixar os seus bens, quando a morte vier lhe ceifar a vida física?

Alguma vez já cogitou quantos transtornos poderão ser evitados se a partilha de tudo que você dispõe for decidida, por você mesmo, quando ainda goza das suas faculdades mentais e a saúde lhe sorri, abençoando-lhe os dias?

Quando você cogitar da divisão dos seus bens, elegendo herdeiros, pense em tudo o que você pode passar para os seus filhos, desde hoje.

Antes que a morte roube sua presença física do lar onde seus rebentos crescem sadios, ante seu olhar amoroso, medite nos valores que são imperecíveis e que lhe cabe ofertar.

Pense no valor honestidade. Já ensinou seu filho a ser honesto?

E ser honesto não quer dizer somente não se apossar do que não lhe seja devido. Significa muito mais.

Falando com seus filhos, estimule-os a serem honestos em todas as circunstâncias.

Não colando nas provas, não mentindo, mesmo que seja para ganhar no jogo de futebol da turma. Dizer toda a verdade mesmo que fiquem em apuros.

E não deturpar um pouquinho só a verdade, para que não soe tão mal, ou mentir para se proteger.

Como o melhor método de ensino é o exemplo, não esqueça de exemplificar sempre, com sua própria conduta.

E a coragem? Já a demonstrou ou buscou ensinar a seu filho?

Coragem que é ousadia para tentar realizar coisas boas, embora difíceis. Coragem que é força para não fazer o que todos fazem, mas dizer não, manter sua posição e até influenciar os outros positivamente.
Coragem que significa ser fiel às convicções e seguir os bons impulsos, mesmo que para todos os demais possam parecer tolos ou inconvenientes.
Coragem de demonstrar os próprios sentimentos, de ser afetuoso, de ser amigo. Coragem de fazer o que é certo, mesmo que seja sozinho.

Verdadeiramente, estes são valores que você, de forma alguma, poderá repassar em testamento.

Mesmo porque, quando não estiver mais em corpo físico ao lado dos seus filhos, terá já passado a oportunidade da sua educação.

Aproveite, pois, o dia que vive ao lado deles e fale-lhes do respeito.
Respeito pela vida, pelos pais, pelos mais velhos, pela natureza, pelas crenças e direitos dos outros.

Fale-lhes da diversidade enorme de sentimentos dos seres humanos e ensine-os a ter respeito por todos.

Se você se empenhar, desde já, em passar valores verdadeiros a seus filhos, guarde a certeza de que, se vier a morrer sem ter deixado bem documentadas suas últimas vontades, eles saberão o que fazer.

Mais do que isto: agirão com dignidade, atendendo às lições que lhes foram repassadas.

E se você é dos que afirmam que nada tem de material para legar aos seus filhos, ministre desde já as lições do bem, da honradez, para que, quando se for, possa partir com a consciência tranquila a lhe apontar que cumpriu seu dever de pai e educador, com muita propriedade.

Pode não deixar recursos amoedados, mas terá legado ao mundo o de que ele mais necessita: homens de bem.

* * *
Os seus filhos poderão crescer e acabar desenvolvendo valores diferentes dos seus e dos que tentou ensinar.

Contudo, a sua mensagem de valores permanecerá indelével em suas mentes. Um dia, eles a recordarão e a utilizarão, mesmo que seja em dias avançados de suas vidas, após terem cometido erros e desacertos.
Não deixe, assim, passar em branco a oportunidade presente.

Por Grácia Helena Oliveira

28 abril, 2011

"Normal"

Foto- Fernando Prudente

 Esboçar, sob a ótica espírita, alguns pontos básicos da intrigante questão, pertinente à Lei de Reprodução: a homossexualidade, ou homoafetividade, como se tem convencionado chamá-la no meio jurídico. Não há a vã pretensão de esgotar o assunto nem de dar respostas prontas a todas as perguntas. O objetivo é despertar a reflexão e estimular o leitor a buscá-las por si mesmo.

Este tema ainda é um tabu em todo o mundo, porquanto a homossexualidade, embora seja tão antiga quanto o homem e exista inclusive no reino animal, é vista como um comportamento social contrário à natureza, talvez por ser algo fora dos padrões do que é considerado “normal”. Mas será que é isso mesmo? A pessoa, invariavelmente, é homossexual porque o deseja? Porque assim o escolheu? A homossexualidade, desde o final do século XX, deixou de ser considerada doença por organismos internacionais e pelo Conselho Federal de Psicologia, no Brasil. De acordo com a legislação brasileira, o casamento – vínculo conjugal entre duas pessoas – só é possível entre homem e mulher. Entretanto, aumenta cada vez mais o número de pessoas do mesmo sexo que sustentam vida em comum e que ficam à margem da proteção legal. Em vista disso, o Poder Judiciário tem sido constantemente instado a resolver conflitos desse jaez, tais como os relativos a pedidos de adoção de crianças, questões sucessórias, alimentares, previdenciárias, entre outras.

À míngua de norma explícita que autorize tais uniões, buscam respaldo na Constituição Federal, por analogia à união estável entre homem e mulher e à família monoparental, que foram equiparadas, pelo constituinte, a entidades familiares. Tomam por base princípios constitucionais muito caros às democracias, entre eles o da dignidade da pessoa humana, o da liberdade e o da igualdade, para concluir que é possível a união estável entre pessoas de sexo idêntico, com todas as consequências jurídicas próprias dos institutos referidos. O que há, ainda, é muita ignorância e preconceito no tocante à homossexualidade, cujas causas reais são praticamente desconhecidas dos especialistas encarnados.

 Em virtude da visão fragmentária e reducionista que as ciências acadêmicas nutrem a respeito do ser humano, considerando como ente finito, e que, sob essa ótica, desapareceria para sempre da realidade após a morte física, muitos fenômenos psicológicos, sociais e biológicos, entre eles a homossexualidade, têm sido precariamente estudados e interpretados pelos estudiosos encarnados. A seu turno, a Doutrina Espírita oferece subsídios valiosos para auxiliar a compreensão de tais incógnitas, uma vez que analisa o ser humano sob o prisma holístico. Isto é, investiga as causas do enigma, pois não se detém apenas no exame dos fatores físicos e psicológicos inerentes ao ser humano.

O seu estudo, por si só, constitui uma excelente terapêutica, visto que auxilia a libertação de muitos conflitos e encaminha as pessoas para a tomada de atitudes mais coerentes e seguras diante da vida. Os benfeitores do Alto, nas questões 200 e 201 de O Livro dos Espíritos (Ed. FEB), deixam claro que os Espíritos não têm sexo, como o entendemos, e que podem encarnar ora como homem, ora como mulher. E complementam – “há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos”.

Portanto, as preferências sentimentais de pessoas por outras do mesmo gênero nem sempre implicam a existência de conúbio carnal ou o desvirtuamento e o abuso das faculdades genésicas, abuso esse que também ocorre, expressivamente, entre os indivíduos heterossexuais. Qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, jamais logrará realização, se se entregar aos excessos no campo da sexualidade. Nesses casos, o indivíduo sujeita-se a adquirir hábitos nocivos e a viciar-se nas aberrações da luxúria, essas, sim, contrárias às leis naturais, as quais convidarão o Espírito imortal a corrigi-las nas futuras encarnações.

Por que sou assim? – frequentemente perguntam crianças e jovens de ambos os sexos, atormentados com a descoberta de suas tendências homossexuais, sem que tenham, conscientemente, escolhido esse caminho. Já os pais de homossexuais, alguns deles chocados com a orientação sexual de seus filhos, geralmente têm como primeira reação buscar uma explicação racional para a origem da homossexualidade. De acordo com o ensino dos Espíritos superiores, o sexo reside na mente, expressa-se no corpo espiritual (perispírito) e, consequentemente, no corpo físico: [...] o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente na permuta de raios psíquico-magnéticos, que lhes são necessários ao progresso. [...] ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.

Kardec também enfrentou esse assunto na Revista Espírita, onde esclareceu que as “anomalias aparentes” do caráter de certas pessoas se devem aos atavismos que o ser reencarnado traz de outras vidas.  Entretanto, essas características que as pessoas apresentam não as transformam, automaticamente, num homossexual. Outros Espíritos, com a finalidade de expiarem erros do passado ou exercerem tarefas de auxílio e/ou aprendizado, renascem em corpos incompatíveis com o seu psiquismo, pelo que, não raro, enfrentam severas rejeições de seus próprios familiares e são marginalizados pela sociedade, circunstâncias em que podem ser induzidos ao desvirtuamento e à viciação de suas sublimes faculdades reprodutoras.

O Espírito Emmanuel explica que muito dos enigmas da sexualidade se deve ao desconhecimento de nossa origem espiritual e biológica, está radicada nos seres inferiores da criação, de cujos instintos ainda não nos libertamos totalmente, bem assim ao desconhecimento da reencarnação e dos reflexos das experiências pretéritas. Não nascemos prontos, e nosso processo evolutivo prossegue sem detença, ainda muito distante da almejada perfeição. Por isso, é apropriada a comparação simbólica do ser humano personalizado na figura do Centauro, monstro da mitologia, cujo corpo da cintura para cima se apresenta como homem e a outra metade como animal. Esmagadora maioria dos pais não tem condições psicológicas nem experiência para tratar de um assunto dessa envergadura, quando ele surge no seio familiar.

Além disso, os pais nem sempre encontram uma orientação psicológica segura para enfrentar a situação, em virtude da diretriz materialista de muitos especialistas, como já visto. Há casos de homossexuais que, devido ao desconhecimento espiritual de si mesmo e muitas vezes da própria orientação sexual, associado à cobrança sociocultural, experimentam momentos de intensos sofrimentos psíquicos, em virtude de suas emoções estarem nesse instante em processo de desequilíbrio. Dessa maneira, tornam-se solitários, com muitas dificuldades de relacionamento. É quando, diante das pressões sociais, principalmente da família, percebem-se em conflito oriundo da própria sexualidade, oportunidade em que podem vivenciar um quadro de ambivalência ou ambiguidade afetiva de ordem existencial, encapsulando-se em seus dramas. Nessas condições perturbadoras, é possível que desenvolvam ideações suicidas, com predomínio de tentativas de autocídio.

Para as famílias de homossexuais e para esses próprios, recomenda-se, entre outros, o livro de autoria da educadora e professora paulistana Edith Modesto.1 Trata-se de obra utilíssima, uma vez que traz a experiência pessoal de uma mãe que arrostou o desafio de trabalhar seus sentimentos e os de seus familiares ante o desabrochamento da homossexualidade em um de seus sete filhos.

As teorias humanas reducionistas, que visualizam a criatura apenas como a expressão da matéria, têm que ser revistas urgentemente, para que semeemos um futuro melhor para a Humanidade, em consonância com as leis naturais ou divinas. A exclusão social é produto do egoísmo,que deve ser superada com os recursos modernos à disposição da sociedade.Falo não só da modernidade da revolução tecnológica proporcionada pelo conhecimento humano, em seus múltiplos aspectos, mas, sobretudo, do legado dos ensinos cristãos de amor ao próximo, que jamais será ultrapassado, pois está acima dos critérios transitórios do mundo.
Christiano Torchi 
Revista Reformador, Julho de 2010
Referências:1Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais. Editora Record. A obra toda.

Ante o Mundo e Jesus

Armadillo The Movie - Trailer - UK subs from Fridthjof Film on Vimeo.
O mundo pede socorro a Jesus.
Ele atende, porém, espera por nós.
O mundo roga paz.
Jesus transmite tranquilidade, todavia, a todos
estimula para que nos auxiliemos na fraternidade.
O mundo suplica apoio para livrar-se do ódio.
Jesus é recurso libertador que propõe a
paciência e o trabalho solidário entre as criaturas.
O mundo promove desespero e algaravia.
Jesus doa silêncio e fé.
Compara as incertezas no mundo
e a segurança com Jesus.
Considera os impositivos de fora, no mundo,
e as forças interiores que se haurem em Jesus.
Vive no mundo; mas não te apartes de Jesus.
Tua vida física em dado momento cessará, enquanto
a tua realidade espiritual com Jesus jamais terminará.
As vitórias externas esmaecem e passam,
as íntimas se fortalecem e ficam.
Ninguém jamais fugirá da sua nascente divina.

No duelo – mundo e Jesus, a tua será a opção
da permanente angústia ou da promissora ventura.

Joanna de Ângelis – Médium Divaldo Franco
Fonte: Livro Alerta, Ed. LEAL

27 abril, 2011

Previsões — precognições e imortalidade

Sadhu asceta hinduismo, Allahbad, India
Graças ao método experimental adotado pelo Espiritismo para o estudo dos fenômenos psíquicos, chegou-se a registrar uma série enorme de fatos, dando-se-lhes magnífica coordenação, que comprovam muito bem a sua origem anímica ou espírita, segundo a forma de que se revestiram para os fins altamente significativos da demonstração da existência e sobrevivência da alma.

Este fatos podem, por isso, se dividir em duas categorias: espírita e anímica.

Nenhuma outra teoria poderá explicá-los a contento, com lógica e raciocínio, nem o magnetismo, nem a telepatia, nem o subconsciente ou subliminal. Claro está que deixamos de lado o mistério e o maravilhoso com que o misticismo religioso envolve tais manifestações.

Os fenômenos de previsão e precognição remontam às mais priscas eras; as Escrituras e os livros sagrados estão cheios desses fatos que caracterizam muito bem a história religiosa.

Ultimamente eles têm se reproduzido com tal intensidade que prendem a atenção de todos os intelectuais.

Há alguns anos o Prof. Charles Richet fez um apelo a todos os que tivessem conhecimento desses fenômenos, com relação aos mortos e feridos na tremenda guerra que abalou o mundo, e foi grande o número de comunicados obtidos e arquivados por aquele distinto homem de ciência.

A velha revista “Annales des Sciences Psychiques” publicou uma bela coleta desses fatos. Com efeito, como predizer sucessos que só se realizam muitos anos depois das predições feitas, e ter o conhecimento de fatos ocorridos a grande distância, fazendo abstração do princípio anímico, seja em sua existência ligada ao corpo carnal, seja em sua existência integral de espírito?

Se encararmos a questão sob o ponto de vista fisiológico, nenhuma explicação podemos dar do fenômeno. Mas se a encararmos sob o ponto de vista psíquico, o mistério nos aparece desvendado. 

Para o espírito não existe tempo nem espaço; ele não está cerceado por estas injunções inerentes à natureza humana. A extensão e a penetrabilidade de sua vista é proporcional à sua natureza espiritual, e quanto mais desmaterializado e elevado, mais amplos horizontes constituem o seu domínio, permitindo abranger períodos muitas vezes seculares, como sucedeu a Jesus Cristo, prevendo e profetizando os acontecimentos que têm se desenrolado nos últimos tempos em todo o mundo. (S. Mateus, Cap. XXIV)

Pode-se fazer uma comparação dessa faculdade com a de um homem que armado de um telescópio desvenda o infinito dos céus, enquanto o outro que tem a vista nua não vê nos céus mais do que cintilações de luzes.

Em sua manifestação anímica, o espírito dotado da presciência, revela o que ele próprio viu, observou; em sua manifestação espírita, os casos de previsões e precognições não passam de comunicações de Espíritos, que confiam àqueles que estão encarregados de revelar alguma coisa oculta, com fins altamente substanciosos, para que tiremos desses fenômenos proveitos exclusivamente espirituais.

O dom da predição não é, pois, mais sobrenatural que outros tantos dons que servem de veículos aos fenômenos de naturezas diversas.

Eles são faculdades da alma e repousam sobre as leis do mundo visível e do invisível que o Espiritismo tomou a tarefa de fazer conhecidas. 

Parece intuitivo que os sentidos humanos não se devem resumir àqueles que circunscrevem o homem terreno e se tornam extensivos aos animais. Pensar de outra forma é desconhecer os princípios mais comezinhos da moralidade; é negar a lei da evolução que se manifesta patente em toda a natureza, em todas as coisas e em todos os seres. 

Mesmo nos seres inferiores da criação nós notamos sinais característicos de um sentido superior aos carnais, e que denunciam, portanto, algo além do corpo que lhes serve de invólucro. Com que direito, pois, vamos procurar no cérebro ou nos nervos a causa dos fenômenos que escapam, pelo tempo e pelo espaço, aos limites destes fatores orgânicos da nossa estrutura carnal?

O Espiritismo apareceu no momento propício à resolução dos grandes problemas da vida em suas variadas manifestações.

Estudando os fatos espontâneos e provocados que se desenrolam atualmente em todo o mundo, comparando-os aos que de natureza semelhantes se verificaram em outras eras, ele constituiu a ciência experimental, única capaz de erguer o raciocínio e implantar a fé nos corações.

Devassando o arquivo dos milagres que se tornou o cofre forte das religiões, rasgando o véu do mistério que separa o homem de Deus, prendendo-o à materialidade, a nova doutrina, incomparável em sua moral, de pleno acordo com as lições que os fatos nos apresentam, constituiu a sua filosofia irrepreensível, digna, sem dúvida, de todas as almas nobres, de todos os espíritos liberais que não veem no túmulo o fim da existência, mas sim a passagem para uma Outra Vida isenta das provas por que aqui passamos.

A dignidade do ser humano não pode mesmo sancionar as ideias niilistas que arrastaram a humanidade à degradação, nem se submeter aos princípios sectários que amesquinham os atributos divinos, tornando o Supremo Artífice do Universo, um Senhor injusto, parcial e antropomorfo.

O Espiritismo é o grande libertador das almas. Sobre as bases de uma fé cientificamente demonstrada pelos fatos, iluminado pelos fulgores da Imortalidade, sancionado pela lei do Progresso que rege a Natureza inteira, é ele a única doutrina capaz de despertar as nossas faculdades latentes e mostrar-nos numa visão antecipada os destinos felizes que nos esperam. 

Cairbar Schutel

26 abril, 2011

Dez mandamentos para os pais e filhos


      Os ensinamentos Cristãos aproximam e unem ainda mais os pais e os filhos. O bom relacionamento, o diálogo cordial, a afetuosidade, a tolerância, a compreensão e sobretudo o perdão, são recursos que o pai e a mãe devem utilizar para manter sempre um clima dócil entre os limites do lar e nas relações familiares.

     1.Esteja irmanado com os preceitos de Deus, tendo-os no coração como bússola das suas decisões.

     2.Ao prenúncio de um desentendimento, transforme-o em diálogo, e o diálogo em festa.

     3.Jamais permita que estranhos interfiram negativamente na relação dos dois.

     4.Diante de um erro, se estiver certo aceite desculpas; se estiver errado desculpe-se.

     5.Evite ofensas ou agressões; estas causam rupturas e melindram a convivência.

    6.Esteja com seu filho quando ele precisar de você, para que ele esteja com você quando precisar dele.

     7.Mostre-lhe os melhores caminhos para o porvir, e um dia ele lá estará a esperá-lo.

   8.As piores lições ele aprende com os amigos; as boas lições com o professor e as melhores lições com você!

    9.Eduque com rigor; puna com comedimento.

    10.Ensine-o a respeitá-lo, não a temê-lo.
     Do Livro: Pai, o que dizer para seus filhos? Inácio Dantas

25 abril, 2011

Uma Rainha médium

Não teríamos tomado a iniciativa de publicar o fato seguinte; desde, porém, que foi reproduzido em diversos jornais, entre outros oOpinion nationale e o Siècle, de 22 de fevereiro de 1864, conforme oBulletin diplomatique, não vemos motivo algum para nos abstermos.
“Uma carta procedente de pessoa bem informada revela que, recentemente, num conselho privado, onde era examinada a questão dinamarquesa, a rainha (Vitória) declarou que nada faria sem consultar o príncipe Alberto. E, com efeito, depois de se ter recolhido por algum tempo em seu gabinete, voltou dizendo que o príncipe se pronunciara contra a guerra. Esse fato, e outros semelhantes transpiraram e deram origem à idéia de que seria oportuno estabelecer uma regência.”
Tínhamos, pois, razão quando escrevemos que o Espiritismo tem adeptos até nos degraus dos tronos. Poderíamos ter dito: até nos tronos. Vê-se, porém, que os próprios soberanos não escapam à qualificação dada aos que acreditam nas comunicações de além-túmulo. Os espíritas, que são tratados como loucos, devem consolar-se por estarem em tão boa companhia.
Assim, o contágio é muito grande, pois sobe tanto! Entre os príncipes estrangeiros sabemos de bom número que tem esta suposta fraqueza, pois alguns fazem parte da Sociedade Espírita de Paris. Como querem que a idéia não penetre a sociedade inteira, quando parte de todos os níveis da escala?
Por aí o Sr. cura de Marmande pode ver que não há médiuns só entre os engraxates.
Journal de Poitiers, que relata o mesmo caso, o faz acompanhar desta reflexão: “Cair assim no domínio dos Espíritos não é abandonar o das únicas realidades que têm direito de conduzir o mundo?” Até certo ponto concordamos com a opinião do jornal, mas de outro ponto de vista. Para ele os Espíritos não são realidades, porque, segundo certas pessoas, só há realidade no que se vê e se toca. Ora, sendo assim, Deus não seria uma realidade e, no entanto, quem ousaria dizer que ele não conduz o mundo? Que não há acontecimentos providenciais para levar a um determinado resultado? Pois bem! os Espíritos são os instrumentos de sua vontade; inspiram os homens, solicitam-nos, mau grado seu, a fazerem tal ou qual coisa, a agirem num sentido e não em outro, e
isto tanto nas grandes resoluções quanto nas circunstâncias da vida privada. Sob esse aspecto, portanto, não somos da opinião do jornal.
Se os Espíritos inspiram de maneira oculta, é para deixar ao homem o livre-arbítrio e a responsabilidade de seus atos.
Se receber inspiração de um Espírito mau, pode estar certo de receber, ao mesmo tempo, a de um bom, pois Deus jamais deixa o homem sem defesa contra as más sugestões. Cabe a ele pesar e decidir conforme a sua consciência. Nas comunicações ostensivas por via mediúnica não deve mais o homem renunciar ao livre-arbítrio; seria erro regular cegamente e sem exame todos os seus passos e atitudes pelo conselho dos Espíritos, porque existem os que ainda podem ter idéias e preconceitos da vida. Só os Espíritos superiores disso estão isentos. Os Espíritos dão seu conselho, sua opinião; em caso de dúvida, pode-se discutir com eles como se fazia quando eram vivos; então se pode avaliar a força de seus argumentos. Os Espíritos verdadeiramente bons jamais se recusam a isso; os que repelem qualquer exame, que exigem submissão absoluta, provam que contam pouco com a excelência de suas razões para convencer e devem ser tidos por suspeitos.
Em princípio, os Espíritos não nos vêm guiar como a uma criança; o objetivo de suas instruções é tornar-nos melhores, dar fé aos que não a têm e não o de nos poupar o trabalho de pensar por nós mesmos.
Eis o que não sabem os que criticam as relações de além-túmulo; acham-nas absurdas, porque as julgam conforme suas idéias, e não consoante a realidade, que desconhecem.
Também não se deve julgar as manifestações pelo abuso ou pelas falsas aplicações que delas possam fazer algumas pessoas, assim como não seria racional julgar a religião pelos maus sacerdotes. Ora, para saber se há boa ou má aplicação de uma coisa, deve-se conhecê-la, não superficialmente, mas a fundo. Se fordes a um concerto para saber se a música é boa e se os músicos a executam bem, antes de tudo é preciso saibais música. Isto posto, pode servir de base para apreciar o fato de que se trata. Censurariam a rainha se ela tivesse dito: “Senhores, o caso é grave, permiti que me recolha um instante e peça a Deus que me inspire na resolução que devo tomar?” O príncipe não é Deus, é verdade; mas como ela é piedosa, é provável que tenha pedido a Deus que inspirasse a resposta do príncipe, o que dá no mesmo. Ela o fez agir como intermediário, em razão da afeição que lhe tem. As coisas podem ainda ter-se passado de outra maneira. Se, em vida do príncipe, a rainha tinha o hábito de nada fazer sem o consultar, morto ele, ela pergunta a sua opinião como se ele estivesse vivo, e não porque seja um Espírito, pois, para ela, ele não está morto; está sempre ao seu lado; é seu guia, seu conselheiro oficioso; não há entre ambos senão um corpo de menos. Se o príncipe vivesse, ela teria feito o mesmo; assim, não há nenhuma mudança em seu modo de agir.
Agora, era boa ou má a política do príncipe-Espírito? É o que não nos cabe examinar. O que devemos refutar é a opinião daqueles a quem parece bizarro, pueril, estúpido mesmo, que uma pessoa de bom-senso possa crer na realidade de quem não tem mais corpo, porque lhes agrada pensar que eles próprios, quando estiverem mortos, não serão mais absolutamente nada. A seus olhos a rainha não praticou um ato mais sensato do que se tivesse dito: “Senhores, vou interrogar minhas cartas, ou um astrólogo.”
Se esse fato é de somenos importância para a política, o mesmo não se dá do ponto de vista espírita, pela repercussão que teve. Sem dúvida a rainha podia abster-se de dar o motivo de sua ausência e que tal era o conselho do príncipe. Dizê-lo numa circunstância tão solene era, de certa forma, confessar publicamente a crença nos Espíritos e em suas manifestações, e reconhecer-se médium. Ora, quando tal exemplo vem de uma cabeça coroada, pode bem encorajar a opinião dos que estão menos altamente colocados.
Só podemos admirar a fecundidade dos meios empregados pelos Espíritos para obrigar os incrédulos a falar do Espiritismo e fazer sua idéia penetrar em todas as camadas da sociedade. Nesta circunstância, eles são obrigados a criticar com cautela.

A Cobra e a Lima

Conta-se que uma cobra vivia vizinha de uma relojoaria. Um dia ela entrou na oficina atrás de alguma sobra, mas de comida, ali, nem cheiro. Nada encontrando para satisfazer a sua fome e, com o apetite redobrado ao ver uma lima, se põe a roê-la.
A lima então lhe diz:
- Que pretendes fazer, pobre infeliz? Não vês que sou feita de aço? E que, antes de me prejudicar, você está prejudicando a si mesma? Não percebes que não terás dentes para usar, e eu continuarei intacta, pois não conseguirás tirar de meu corpo o menor pedaço? A mim nada causa contratempo. Os únicos dentes que podem me afetar são os dentes do tempo!
Esta história se endereça a vós que só sabeis criticar, nada mais. A tudo e a todos mordeis, imprimindo a marca ultrajante de vossos dentes, mesmo sobre as obras-primas.
Será que podeis roer essas "limas"? Não se esqueçam: elas são de aço, bronze e diamante!
A TRAÇA NÃO RÓI
Os bens espirituais que adquirimos são de posse definitiva; portanto, ninguém dá ou tira o valor dos outros. É imprescindível não esquecermos que quem fez por merecer recolhe a felicidade de ver multiplicado tudo aquilo que conquistou.
Aquele que realmente alcançou ou obteve a posse dos dons da criatividade, da expressão, da lucidez, da compaixão, da liberdade, da naturalidade, da alegria, do desapego e de outras tantos valores universais, é como o homem que ajuntou "tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam". (Mateus, 6:20)
Assim como a cobra desta fábula, muitas pessoas acreditam que podem desabonar (roer) a vida de outrem, caluniando-os ou difamando-os com afirmações falsas e desonrosas a seu respeito.
Certas criaturas, como o réptil, "Nada encontrando para satisfazer a sua fome e, com o apetite redobrado ao ver uma lima, se põe a roê-la. ", esquecem-se de que existem homens "aço, bronze e diamante".
Quem adquiriu os "bens imortais" não os perde, mas as "cobras sociais" que tentam corromper a vida alheia não conseguem escutar as advertências da "consistência da lima": "Não vês que não terás dentes para usar, e eu continuarei intacta, pois não conseguirás tirar de meu corpo o menor pedaço?"
Infelizmente, muitos pais supervalorizam seus filhos desde pequenos, dizendo que tudo podem, inclusive "roer lima', e, quando estes crescem, sentem-se superiores. Esse sentimento envolve cada ato e atitude deles, que, de modo inconsciente, consideram-se elevados ao mais alto grau. Em vista disso, disparam recriminações, espalhando-as largamente sobre tudo e sobre todos.
Criticam porque almejam que os outros os aceitem e, "sem querer", acabam por permitir que todo mundo interfira em sua vida. Julgam, criticam e censuram, potencializando o sofrimento auto-imposto por se sentirem absolutos e incomparáveis. No fundo, todo superior se sente inferior e, conseqüentemente, recrimina os outros para chamar atenção para si mesmo.
Diante da crítica mordaz precisamos deixar a "chuva do silêncio" apagar o "incêndio da maledicência" provocado pela incompreensão e imtolerância de muitas criaturas desavisadas.
O complexo de superioridade gera uma sensação íntima de extremos opostos - de competência e de insuficiência, de extrema habilidade e de total incapacidade. Assim, tais indivíduos apresentam oscilações sistemáticas de comportamento para enfrentar a vida e seus problemas. Sentem-se incongruentes para se relacionar e profundamente inadequados diante de todos, pois, quanto mais se "elevam", mais se sentem diminuídos. Algo indefinido para eles ocupa seu espaço interno.
Ultimamente tornou-se comum o uso da expressão "complexo de superioridade" para indicar um sentimento de vaidade excessiva que não deve ser confundido com o sentimento de origem traumática ou anormal. Pode-se dizer que, em maior ou menor intensidade, todos nós já nos sentimos pretensamente melhores, mais eficientes, mais capazes que os outros.
Na atualidade, não existe o que poderíamos chamar de comunidade planetária: uma comunidade de caráter cósmico ou universal transcende os limites tradicionalistas e retrógrados em que vivemos. O que há são simplesmente grupos de pessoas críticas e receosas, sem vontade própria e facilmente manipuláveis.
Os indivíduos se reúnem numa espécie de "rebanho" ou "massa inconsciente", porque têm medo e, por medo, refugiam-se entre os seus supostos semelhantes.
Há "massas" de operários, de empresários, de religiosos, de cientistas, de filósofos, de discriminados sociais ... Todos se agrupam e criticam para se auto defender. E por que tanto se protegem? Porque desconhecem o que levam dentro de si. Só temos medo quando não vivemos de acordo com nossa realidade íntima, quando não estamos de acordo com nós mesmos. Aliás, tudo não passa de uma questão de conveniência evolutiva. Um dia, porém, cada um de nós terá de encontrar por si mesmo o "permitido" e o "proibido" .
No final desta fábula, La Fontaine deixa uma mensagem a todos aqueles que se acham inigualáveis: "Esta história se endereça a vós que só sabeis criticar, nada mais. A tudo e a todos mordeis, imprimindo a marca ultrajante de vossos dentes, mesmo sobre as obras-primas".
Há indivíduos que, por se julgarem o máximo, acabam "roendo lima". Maldizem até a mais bela obra de arte. Menosprezam, igualmente, os que adquiriram "obras transcendentais", aquelas que as traças não roem. Depreciam os bens conquistados pelos que não são escravos da opinião pública; pelos que sabem distinguir aquilo que lhes é útil daquilo que não lhes serve; pelos que dirigem seu comportamento conforme julgam correto, porque desenvolveram o "senso crítico", o discernir ético, propriedade de uma individualidade universal.
CONCEITOS-CHAVE
A - SENSO COMUM
É a primeira compreensão de mundo resultante da herança cultural e das experiências familiares que um indivíduo sedimenta em si mesmo. É um conjunto de opiniões, juízos e entendimentos no qual prevalece o contexto social em que se vive, e que se impõem como naturais e necessários, não envolvendo ponderação, avaliação ou questionamentos. Quase sempre, o senso comum é baseado em fontes de conhecimento que oscilam entre a tradição e o não saber, a ingenuidade e os preconceitos. Agir de acordo com o senso comum é se deixar guiar pela submissão às idéias dominantes e aos poderes preestabelecidos.
B - SENSO CRÍTICO
A palavra crítico vem do latim "criticus", derivado do grego kritikós (que julga, avalia, decide, ou seja, que questiona sempre). Somente desenvolvemos o crivo da razãoquando aprendemos a arte de questionar. Questionar é pensar, refletir, contestar fatos, conceitos; é apresentar idéias em objeção a outras idéias; é investigar metodicamente algo ou opiniões. Devemos ter o hábito de perguntar a nós mesmos se aquilo que temos ao nosso dispor é realmente bom, se é o melhor segundo nossa concepção de vida e se é verdadeiro. Nunca aceitemos nada, nem mesmo o que se está lendo agora, sem questionamento. O senso crítico dá ampla consciência do adequado e do inadequado.
C - COMPLEXOS
Segundo Jung, conjuntos de experiências traumáticas ou choques emotivos que têm dinâmica e atividade próprias e se estruturam como unidades autônomas no nosso inconsciente pessoal. Eles são provocados por situações psíquicas de forte comoção contraídas nas áreas sociais, culturais, sexuais, religiosas e outras tantas. Embora a infância seja a fase mais própria para se adquirirem os complexos, eles podem ser provocados e se manifestarem em qualquer fase da vida. Quanto mais consciência tivermos dos nossos complexos, mais poderemos formatar um arranjo emocional dinâmico para nosso desenvolvimento pessoal.
MORAL DA HISTÓRIA:
A crítica perniciosa é subproduto de criaturas que nada realizam de importante; não enfrentam desafios nem se arriscam a transformações ou mudanças. Os críticos mordazes ficam imobilizados, observando sistematicamente o que as pessoas dizem, fazem e pensam, para depois maldizerem as realizações alheias, usando suas elucubrações doentias e apartadas de uma mente objetiva e racional. São fortemente presos às normas sociais e a inúmeras convenções; submetem-se ao "senso comum", e não ao próprio "senso crítico". A crítica séria só admite o que é suscetível de prova. Quem é provido de senso crítico tem consciência lúcida e rompe com as posições subjetivas, preconceituosas, pessoais e mal fundamentadas, retiradas das crenças populares. As discordâncias são perfeitamente saudáveis e normais, desde que se apóiem em fatos concretos, e não nos vapores das suposições ou das projeções da personalidade doentia.
REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO:
"Preservai-me ( ... ) do orgulho, que poderia me enganar sobre o valor do que obtenho; de todo sentimento contrário à caridade com respeito aos outros (... ). Se estou induzido ao erro, inspirai a alguém o pensamento de me advertir, e a mim a humildade que me fará aceitar a crítica com reconhecimento, e tomar para mim mesmo, e não para os outros ( ... )" (ESE, cap. 28, item 10.)
"E, se alguém ouvir as minhas palavras, e não as guardar, eu não o julgo; pois eu vim, não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo." (João, 12:47.)
"SOMOS MUITAS VEZES MAIS MALEDICENTES POR VAIDADE DO QUE POR MALÍCIA." - LA ROCHEFOUCAULD
HAMMED

23 abril, 2011

Aprendendo a ser feliz

Família Região Nordeste, Brasil
Família Real, Espanha

Você não é vítima da vida.
Encontra-se unicamente em processo de reeducação, tendo oportunidade de acertar-se com a vida que um dia desrespeitou em várias de suas facetas.

Você que conhece
Jesus, ou que um dia ouviu acerca da lei de causa e efeito,
deve raciocinar que o bem ou o mal na vida semeado, da vida será colhido,
e o seu desconsolo ou seu desalento em nada colaborará para a resolução dos seus problemas.

Você deverá, então, aprender a ajuizar melhores as situações pelas quais tenha que passar.


Deverá aprender a perdoar, a compreender, a respeitar diferenças, a falar menos, a penetrar melhor as razões das coisas, a condenar menos, a ser mais indulgente.

O tempo implacável não para.
Assim, se o aproveitar para aprender a crescer e ser feliz, ele o abençoará com expressiva claridade.

Caso o desperdice, recolhendo-se à maldição do desânimo ou à fuga,
verdadeiramente terá lançado fora o mais expressivo tesouro que nos é oferecido pelo Criador, para que nos façamos ricos e felizes:o tempo.

Não se perca no valão do desestímulo.
Confie sempre em
Deus, que lhe dá sempre o melhor, dando-lhes chances de brilhar e ser feliz.

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco

22 abril, 2011

Pai Nosso Meditado e Comentado

CRISTÃO: Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Sim? Estou aqui.


CRISTÃO: Por favor, não me interrompa, estou rezando!
DEUS: Mas você me chamou!


CRISTÃO: Chamei? Eu não chamei ninguém. Estou rezando. Pai nosso que estais no céu...
DEUS: Aí, você chamou de novo.


CRISTÃO: Fiz o que?
DEUS: Me chamou. Você disse: Pai nosso que estais no céu. Estou aqui. Como é que Posso ajudá-lo?


CRISTÃO: Mas eu não quis dizer isso. É que estou rezando. Rezo o Pai Nosso todos os dias, me sinto bem rezando assim. É como se fosse um dever. E não me sinto bem até cumpri-lo...
DEUS: Mas como podes dizer Pai Nosso, sem lembrar que todos são seus irmãos, como podes dizer que estais no céu, se você não sabe que o céu é a paz, que o céu é amor a todos?


CRISTÃO: É, realmente ainda não havia pensado nisso.
DEUS: Mas, prossiga sua oração.


CRISTÃO: Santificado seja o Vosso nome...
DEUS: Espere aí! O que você quer dizer com isso?


CRISTÃO: Quero dizer... quer dizer, é... sei lá o que significa. Como é que vou saber? Faz parte da oração, só isso!
DEUS: Santificado significa digno de respeito, Santo, Sagrado.


CRISTÃO: Agora entendi. Mas nunca havia pensado no sentido dessa palavra SANTIFICADO ... "Venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu..."
DEUS: Está falando sério?


CRISTÃO: Claro! Porque não?
DEUS: E o que você faz para que isso aconteça?


CRISTÃO: O que faço? Nada! É que faz parte da oração, além disso seria bom que o Senhor tivesse um controle de tudo o que acontecesse no céu e na terra também.
DEUS: Tenho controle sobre você?


CRISTÃO: Bem, eu frequento a igreja!
DEUS: Não foi isso que EU perguntei. Que tal o jeito que você trata os seus irmãos, a maneira com que você gasta o seu dinheiro, o muito tempo que você dá à televisão, as propagandas que você corre atrás, e o pouco tempo que você dedica à MIM?


CRISTÃO: Por favor. Pare de criticar!
DEUS: Desculpe. Pensei que você estava pedindo para que fosse feita a minha vontade. Se isso for acontecer tem que ser com aqueles que rezam, mas que aceitam a minha vontade, o frio, o sol, a chuva, a natureza, a comunidade.


CRISTÃO: Está certo, tens razão. Acho que nunca aceito a sua vontade, pois reclamo de tudo: se manda chuva, peço sol, se manda o sol reclamo do calor, se manda frio, continuo reclamando, se estou doente peço saúde, não cuido dela, deixo de me alimentar ou como muito...
DEUS: Ótimo reconhecer tudo isso. Vamos trabalhar juntos EU e você, mas olha, vamos ter vitórias e derrotas. EU estou gostando dessa nova atitude sua.


CRISTÃO: Olha Senhor, preciso terminar agora. Esta oração esta demorando muito mais do que costuma ser. Vou continuar: "o pão nosso de cada dia nos daí hoje..."
DEUS: Pare aí! Você está me pedindo pão material? Não só de pão vive o homem, mas também da minha palavra. Quando me pedires o pão, lembre-se daqueles que nem conhecem pão. Pode pedir-me o que quiser, desde que me veja como um Pai amoroso! Eu estou interessado na próxima parte de sua oração. Continue!


CRISTÃO: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"
DEUS: E o seu irmão desprezado?


CRISTÃO: Está vendo? Olhe Senhor, ele já criticou várias vezes e não era verdade o que dizia. Agora não consigo perdoar. Preciso me vingar.
DEUS: Mas, e sua oração? O que quer dizer sua oração? Você me chamou, e eu estou aqui, quero que saias daqui transfigurado, estou gostando de você ser honesto. Mas não é bom carregar o peso da ira dentro de você, não acha?


CRISTÃO: Acho que iria me sentir melhor se me vingasse!
DEUS: Não vai não! Vai se sentir pior. A vingança não é tão doce quanto parece. Pense na tristeza que me causaria, pense na sua tristeza agora. Eu posso mudar tudo para você. Basta você querer.


CRISTÃO: Pode? Mas como?
DEUS: Perdoe seu irmão, EU perdoarei você e te aliviarei


CRISTÃO: Mas Senhor, eu não posso perdoá-lo.
DEUS: Então não me peças perdão também!


CRISTÃO: Mais uma vez está certo! Mais do que quero vingar-me, quero a paz com o Senhor. Esta bem, esta bem; eu perdôo a todos, mas ajude-me Senhor. Mostre-me o caminho certo para mim e meus inimigos.
DEUS: Isto que você pede é maravilhoso, estou muito feliz com você. E você como está se sentindo?


CRISTÃO: Bem, muito bem mesmo! Para falar a verdade, nunca havia me sentido assim! É tão bom falar com Deus.
DEUS: Ainda não terminamos a oração. Prossiga...


CRISTÃO: "E não deixeis cair em tentações, mas livrai-nos do mal..."
DEUS: Óptimo, vou fazer justamente isso, mas não se ponha em situações onde possa ser tentado.


CRISTÃO: O que quer dizer com isso?
DEUS: Deixe de andar na companhia de pessoas que o levam a participar de coisas sujas, intrigas, fofocas. Abandone a maldade, o ódio. Isso tudo vai levá-lo para o caminho errado. Não use tudo isso como saída de emergência!


CRISTÃO: Não estou entendendo!
DEUS: Claro que entende! Você já fez isso comigo várias vezes. Entra no erro, depois corre me pedir socorro.


CRISTÃO: Puxa, como estou envergonhado!
DEUS: Você me pede ajuda, mas logo em seguida volta a errar de novo, para mais uma vez vir fazer negócios comigo!


CRISTÃO: Estou com muita vergonha, perdoe-me Senhor!
DEUS: Claro que perdoo! Sempre perdoo a quem está disposto a perdoar também, mas não esqueça, quando me chamar, lembre-se de nossa conversa, medite cada palavra que fala! Termine sua oração.


CRISTÃO: Terminar? Há, sim, "Amém!"
DEUS: O que quer dizer amém?


CRISTÃO: Não sei. É o final da oração.
DEUS: Você só deve dizer amém quando aceita dizer tudo o que eu quero, quando concorda com minha vontade, quando segue os meus mandamentos, porque AMÉM! Quer dizer: assim seja, concordo com tudo que orei.


CRISTÃO: Senhor, obrigado por ensinar-me esta oração e agora obrigado por fazer-me entendê-la.
DEUS: Eu amo cada um dos meus filhos, amo mais ainda aqueles que querem sair do erro, quer ser livre do pecado. Abençoo-te e fica com minha paz!


CRISTÃO: Obrigado, Senhor! Estou muito feliz em saber que és meu amigo.
Por Isa Ferreira
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