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25 maio, 2014

A escolha de ser livre


“O Espírito sopra onde quer, e ouvis sua voz, mas não sabeis de onde ele vem e para onde vai. Ocorre o mesmo com todo homem que é nascido do Espírito.” (João, cap. III).
O ser livre é como o pássaro que tanto pousa sobre a terra, como alça voo e plana nas alturas.
Não está preso aos limites impostos pela mente que claudica na zona dos pensamentos e emoções que aprisionam. Sua emoção impulsionada pela imaginação purificada pela luz do autoconhecimento dulcifica-lhe a existência, transformada pela razão iluminada e com o sentimento renovado em estrada santificada de auto aprimoramento e estação de serviço em prol do próximo.
 

Circula livremente através das oscilações vibratórias que lhe chegam endereçadas por aqueles que ainda não conseguem alcançar-lhe o entendimento, transformando-as em aprendizado para os que lhe são mais próximos e exemplos para a reflexão, talvez futura, dos que não o conhecem de perto.
 

Não se apresentam como sendo superiores ou detentores de algo diferente dos demais, caminhando, muita vez, despercebidos, por ainda se compreenderem seres em processo de crescimento e, se conhecendo mais profundamente sabem em que ainda precisam se trabalhar.
Não são comuns, embora chamem a atenção sem o desejarem, ao contrário dos que se pensando melhores tudo fazem para serem percebidos como tais.
 

Quase todos nós carregamos conosco nossas prisões portáteis, sem grades, porém altamente limitantes, pois, alicerçam-se nos refolhos(parte mais íntima da alma) de nossas mentes e sentimentos. São padrões de que nos fazemos portadores de longa data, e aqui estamos exatamente para identificá-los e transformá-los.
 

Encontramos exemplos desses seres livres, que não são perfeitos, sendo humanos buscando continuamente o próprio aprimoramento, em figuras que a história registrou como modelos a serem seguidos. 
Temos a Santa Tereza D’Ávila, que na idade média escreveu o livro “Castelo Interior”, como resultado de suas reflexões e estados de transe, nos quais entrava em conexão com os mensageiros de Deus. 

Um Albert Schweitzer, que no auge de sua carreira, segundo a Wikipédia, “aos trinta anos, gozava de uma posição invejável: trabalhava numa das mais notáveis universidades europeias; tinha uma grande reputação como músico e prestígio como pastor de sua Igreja”. Porém, isto não era suficiente para uma alma sempre pronta ao serviço. Dirigiu sua atenção para os africanos das colônias francesas que, numa total orfandade de cuidados e assistência médica, debatiam-se na dura vida da selva.
Em 1905 iniciou o curso de medicina, e seis anos mais tarde, já formado, casou-se e decidiu partir para Lambaréné, no Gabão, onde uma missão necessitava de médicos. Ao deparar-se com a falta de recursos iniciais, improvisou um consultório num antigo galinheiro e atendeu seus pacientes enfrentando obstáculos como o clima hostil, a falta de higiene, o idioma que não entendia, a carência de remédios e instrumental insuficiente. Tratava de mais de 40 doentes por dia e paralelamente ao serviço médico, ensinava o Evangelho com uma linguagem apropriada, dando exemplos tirados da natureza sobre a necessidade de agirem em beneficio do próximo. 


Temos exemplos mais próximos de nós, como Chico Xavier e a irmã Dulce cujas vidas foram dedicadas aos semelhantes com total desprendimento.
São seres que desvelam as nossas potencialidades como humanos, mostrando-nos através de suas vidas o que nos é possível alcançar em nossa busca de auto aprimoramento. São mensagens vivas que a Consciência Infinita nos envia como roteiros a serem seguidos para que nos aproximemos dela.
 

A todo momento somos convidados a fazer escolhas entre aquilo que “o ladrão não rouba, a ferrugem não consome e a traça não rói” e os antigos padrões do homem velho que teima em colocar o coração nos falsos tesouros que a vida apresenta.
Como não poderia ser diferente, teremos que arcar com os resultados de nossa escolha até tomarmos a firme decisão de colocar o coração nos tesouros imperecíveis da alma, cujo destino maior é
a comunhão com Deus.
Por Alvaro Luce
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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