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07 agosto, 2013

A cadeira vazia


Era uma singela igreja, frequentada por moradores da região daquele distante bairro de Londres.
Os anos se passavam e o pequeno grupo se mantinha constante
nas reuniões, ocupando sempre os mesmos lugares.
Foi por isso, fácil ao pastor descobrir certo dia, uma cadeira vazia. Estranhou, mas logo esqueceu.
Na semana seguinte, a mesma cadeira vazia lá estava e ninguém
soube informar o que estava acontecendo.
 

Na terceira ausência, o pastor resolveu visitar o faltoso. No dia
frio, foi encontrá-lo sentado, muito confortável, ao lado da lareira de
sua casa, a ler.
Você está doente, meu filho? Perguntou. A resposta foi negativa. Ele estava bem.
Talvez esteja atravessando algum problema, ousou falar o pastor, preocupado.
Mas estava tudo em ordem. E o homem foi explicando que, simplesmente, deixara de comparecer.
Afinal, ele frequentava o culto há mais de vinte anos.
Sentava na mesma cadeira, pronunciava as mesmas orações, cantava os mesmos hinos, ouvia os mesmos sermões. Não precisava mais comparecer. Ele já sabia tudo de cor.
 

O pastor refletiu por alguns momentos. Depois, se dirigiu até a lareira, atiçou o fogo e de lá retirou
uma brasa.
Ante o olhar surpreso do dono da casa, colocou a brasa sobre a soleira de mármore, na janela.
Longe do braseiro, ela perdeu o brilho e se apagou. Logo, era somente um carvão coberto de cinza.
Então, o homem entendeu. Levantou-se de sua cadeira, caminhou até o pastor e falou: Tudo bem, pastor, entendi a mensagem. E voltou para a igreja.
Todos somos brasas no braseiro da fé. Se mantemos regular frequência ao templo religioso, estudando e trabalhando, nos conservamos acesos e quentes.
Mas, exatamente como fazem as brasas, é preciso estender o calor. Assim, acostumemos a não somente orar, pedir e esperar graças. Mas iluminados pelo Evangelho de Jesus, nos disponhamos a agir em
favor dos nossos irmãos.
Como as brasas unidas se transformam em um imenso fogaréu, clareando a escuridão e aquecendo as noites gélidas, unidos aos nossos irmãos de ideal, poderemos estabelecer o calor da esperança em muitas vidas.
 
Richard Simonetti, retirado do jornal “O Seareiro Espírita 
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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