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19 fevereiro, 2011

Se a morte deixasse de matar...

E se a morte deixasse de matar...



Num artigo do Courrier Internacional, a que tivemos acesso, um jornalista a propósito do livro " As Intermitências da Morte " de José Saramago, (escritor português, Nóbel da literatura) comenta que este -- parte de uma ideia impulsionadora, como todos os romances do escritor; num país imaginário, a morte deixa subitamente de matar. A partir daí, a narração avalia com ironia, humor, humanismo e pessimismo essa situação de imortalidade transitória, que perturba os poderosos, deslumbra os ingénuos e acaba por se revelar um caos muito difícel de administrar... Para recordar que a ideia da morte contribui para que o poder da Igreja perdure - pior do que isso; o problema da Igreja é que precisa da morte para viver. Sem a morte não poderia haver Igreja porque não haveria ressurreição. 
Um modelo em 3-D do vírus HIV,
responsável pela Aids
As religiões cristãs alimentam-se da morte. A pedra angular sobre a qual assenta o edifício administrativo, teológico, ideológico e repressor da Igreja desmonar-se-ia, se a morte deixasse de existir... parece cruel mas, sem a morte e a ressurreição, a religião não poderia continuar a dizer que temos de nos portar bem para viver a vida eterna do outro lado. Se a vida eterna estivesse do lado de cá... -- !

-Tais comentários, satíricos, porque advindo dum materialismo ainda bem instalado, mesmo em mestres e críticos da melhor literatura que se faz, conduzem-nos, a nós, a refletirmos sobre o Espírito criado simples e ignorante, mas imortal, com início mas sem fim, encadeado em sucessivas existências de vida - reencarnações - visando o aprimoramento e a perfeição. 

Cada vez se torna mais necessário transmitir ao nosso semelhante as leis e princípios deste Cristianismo Redivivo, para evitar ataques, neste caso à Igreja, que até, sem sermos seu advogado de defesa, se consideram talvez injustos e inapropriados.

Nós espíritas, sabemos que " (1) todos os homens na Terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já, para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores... Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e à fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até ao instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã ditoso. "

(1) - Do livro," Amor, Imbatível Amor ", do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo P. Franco.
"Junte-se a nós neste ideal: divulgue o Espiritismo."

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