Pages

12 fevereiro, 2011

Esquizofrenia hebefrênica

Certamente você já ouviu falar de esquizofrenia, uma doença mental que segundo o CID-10: Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento, apresenta o seguinte quadro: “Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam em geral por distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. Usualmente mantém-se clara a consciência e a capacidade intelectual, embora certos déficits cognitivos possam evoluir no curso do tempo. Os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, a divulgação do pensamento, a percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, transtornos do pensamento e sintomas negativos.”
O que levaria uma pessoa a não ter controle sobre os próprios pensamentos? De onde surgem os delírios (juízos falsos sobre si mesmo) e as alucinações (percepção sem objeto)? Enquanto a ciência busca as causas orgânicas e sociais, sem ainda ter uma conclusão, aqui vamos apresentar as causas com base na multiplicidade das existências, ou, a reencarnação, para melhor entender a personalidade.
No livro Grilhões Partidos, página 96,  é narrado o caso de uma mulher, chamada Eudóxia, diagnosticada com esquizofrenia hebefrênica1. Eudóxia na existência passada era uma mulher de temperamento irascível e insuportável, o marido cansado dela, propôs a separação conjugal. Ela pensou que estava sendo trocada por outra mulher, suspeitou de uma empregada, então planejou a morte do marido e dela. “Envenenou o esposo indefeso nas suas mãos, que de nada suspeitava e, passado algum tempo, repetiu a façanha com a servidora que tudo ignorava…”
“Dama altiva e destacada, seus dois crimes não foram sequer suspeitados, ninguém tomou deles conhecimento. Ela, porém, os sabia… A punição maior para o culpado é a presença da culpa, insculpida na consciência. A princípio, quando as forças orgânicas estão em plenitude, ela dorme. À medida que se afrouxam os liames das potências da vida vegetativa, ressumam as evocações e se transformam em complexo culposo, monoideísmo infeliz que mais grava o delito e agrava a responsabilidade…
“Surpreendida pela desencarnação, transferiu para o além os dramas ocultos. Embora perdoada pelo esposo-vítima, que se encon­trava em melhor condição espiritual do que ela, tornou-se perseguida pela serva, que a seviciou demoradamente em região de compacta sombra espiritual.
“Trazida à reencarnação, os fortes açoites do remorso, as impres­sões vigorosas da expiação junto à vítima, a intranqüilidade lesaram os centros da consciência, do que resultou a enfermidade que ora padece…”
Aí está a causa do desequilíbrio que ela gerou em si mesma, seu transtorno é herança de suas ações passadas, ela não é vítima da genética dos pais ou da sociedade caótica. A genética e a sociedade estão a serviço da evolução do espírito e não ao contrário.
Na ação de Eudóxia está implícita a visão materialista, porque ela acreditava que eliminando o corpo também acabaria com a pessoa, o Espírito, tirando da frente seus supostos opositores. Ledo engano, como mostra o texto, a empregada vem ao seu encalço buscando a vingança.
Por mais que o criminoso pense que é esperto para encobrir seu delito, e muitas vezes consegue não ser descoberto pela lei humana, ele revela ser um grande desconhecedor de si mesmo ou da natureza humana. Ele pensa que vai conseguir convencer a si próprio que o que fez é certo ou não é errado, ou quem sabe, acredita que vai conseguir esquecer. Como diz no texto, ninguém suspeitou do seu crime, mas ela sabia! Isso basta para desequilibrá-la no tempo e no espaço. Se ela consegue dissimular por um tempo, se enchendo de atividades para não pensar no crime, os registros interiores com toda riqueza de detalhes inevitavelmente irão aflorar, trazendo seu derivado: a culpa! A própria pessoa se julga, ela não escapa de seu juízo. A esquizofrenia hebefrênica retrata, no caso dela, as imagens interiores de seu crime, gerando culpa que a fustiga, mais a obsessão espiritual e o estágio que fez em regiões inferiores.
Para que não haja dúvidas que somos construtores de nosso destino, leiamos os esclarecimentos de Dr. Bezerra de Menezes:
- Toda enfermidade, resguardada em qualquer nomenclatura, sempre resulta das conquistas negativas do passado espiritual de cada um. Estando o …perispírito, sob o bombardeio de energias deletérias, é óbvio que as idéias, plasmando as futuras formas para o Espírito, criam as condições para que se manifestem as doenças… (…) “Numa forma de autocídio indireto, através do qual pre­tende eximir-se à responsabilidade, auto-suplicia-se, mergulhando no desconcerto da loucura.”
Nota
1. “Forma de esquizofrenia caracterizada pela presença proeminente de uma perturbação dos afetos; as idéias delirantes e as alucinações são fugazes e fragmentárias, o comportamento é irresponsável e imprevisível; existem freqüentemente maneirismos. O afeto é superficial e inapropriado. O pensamento é desorganizado e o discurso incoerente. Há uma tendência ao isolamento social. Geralmente o prognóstico é desfavorável devido ao rápido desenvolvimento de sintomas ‘negativos’, particularmente um embotamento do afeto e perda da volição.” CID-10
"Junte-se a nós neste ideal: divulgue o Espiritismo."

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Escolha um Idioma