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16 agosto, 2010

Dar o Pão

O delegado criticava o comportamento agressivo do mendigo:
-Você é um mau caráter! A senhora registrou um boletim de ocorrência, reclamando de você. Se ela foi tão boa; se piedosa lhe deu um pão, por que jogou uma pedra na janela de sua casa, quebrando o vidro?
O mendigo ficou indignado.
-O doutor está enganado! Não há nenhuma pedra! Atirei foi o pão empedrado que a sovina me deu!


Bem, poderíamos falar sobre a ingratidão ou, pior, o responder com o mal ao bem que nos fazem.
Creio, entretanto, melhor destacar uma questão difícil: o atendimento do pedinte que bate à nossa porta.
Em princípio as pessoas tendem a encará-lo como inoportuno, que vem perturbar sua tranquilidade ou interromper seus afazeres.
O impulso inicial, costumeiro, é informar, taxativo:
-Tem nada não!
Os mais "generosos" apressam-se em estender-lhe alguns centavos, interrompendo o relato de suas carências, a despachá-lo de pronto.
Quando se dispõe a "perder tempo", vão um pouco além, oferecendo "mimos" como surrados trapos, restos de refeição, ou empedrados pães.
Devemos levar em consideração a recomendação de Jesus(Mateus,7:12):
-Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles.
Richard Simonetti

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