“Bate mais!... Bate mais!...” – E a senhora proclama:
- “Escravo sem valor que morra na senzala!”
O relho, em mão cruel, se desenrola, estala
E a vítima, sangrando, expira sobre a lama.
Quanto infeliz tombando ao pé da nobre dama!...
Chega um dia porém... Ei-la inerme, sem fala...
Compadecidamente, a morte vem buscá-la.
No Além, chora, censura, esbraveja, reclama...
Por fim, quer renascer... Dá-lhe o Céu vida nova.
Hoje, bela mulher, guarda um leito de prova,
A dor lhe fere a carne e agarra o peito rouco...
Sob o relho da angústia, a dona do passado
Morre, sentindo o corpo exânime e quebrado,
Ao câncer que a constringe e exaure, pouco a pouco.
Livro: “Vida em Vida” Psicografia: “Francisco Cândido Xavier” Espíritos Diversos
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."
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