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REPÚBLICA POPULAR DA CHINA |
O trabalho, entendido como ação realizada
com um fim útil, é uma disposição universal, observada em toda a Natureza. Os próprios animais devem movimentar-se para a obtenção de alimento e, em inúmeros casos, para o preparo de ambiente adequado à prole, que requer também cuidados especiais até atingir a idade adulta. No caso do ser
humano, conforme sabemos, essa necessidade
se amplia e diversifica extraordinariamente.
Se se trata então de uma lei natural, por que encontramos tanta dificuldade em aplicá-la? Por que tanta exploração,
distorção e violência na trajetória do trabalho até nossos dias? Na verdade, escravidão e
greve, remuneração insuficiente ou
exorbitantemente alta, jornadas excessivas ou desemprego, insatisfação ou revoltacom a própria profissão constituem reflexo
de nossas deficiências na vivência do
trabalho que, como determinação divina, deveria felicitar quem o realiza.
Tais
dificuldades e, sobretudo, nossa imaturidade espiritual criaram uma imagem negativa do trabalho que chega a ser apresentado na Bíblia como uma condenação: recorde-se que Adão e Eva no paraíso não trabalhavam,
perdendo essa situação em virtude de uma desobediência – aliás, pueril – às determinações divinas (Gênesis, 3: 19).
Com Jesus, opera-se mudança radical a esse respeito, chegando o Mestre – ele próprio carpinteiro e trabalhador
infatigável pela nossa felicidade – a afirmar:
“Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também.” (João, 5: 17).
A Doutrina Espírita veio ampliar nossa
visão acerca desse tema, como aliás de muitos outros, não só esclarecendo que a atividade laboral integra nosso
planejamento reencarnatório como ainda mostrando que somos, no dia a dia de
nossas profissões,
acompanhados por amigos espirituais que, agindo em nome da divina
bondade, tudo fazem para nos auxiliar também nesse campo.
Informam assim as obras doutrinárias que toda ação digna recebe o apoio da espiritualidade
enobrecida. Hospitais e escolas, administrações e oficinas contam com proteção específica com vistas ao melhor rendimento de suas atividades, cuidado este que se estende às tarefas domésticas realizadas no âmbito do lar.
O trabalho é verdadeiramente uma lei divina em cuja aplicação realizamos
valiosas aquisições em termos de inteligência, sentimento, disciplina,
sensibilidade e criatividade, que constituem, aliás, sua principal remuneração.
Podemos concluir com as palavras do instrutor espiritual André Luiz que, no
capítulo 8 de sua obra “Conduta Espírita”, psicografada por Waldo Vieira, afirmou:
“Desde que se encontre em condições orgânicas favoráveis, dedicar-se ao
exercício constante de uma profissão nobre e digna.
O engrandecimento da vida exige o tributo individual ao trabalho.”
◊“O Livro dos Espíritos” (questões 674 e 675).
"Junte-se a nós neste ideal: divulgue o Espiritismo."
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