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29 dezembro, 2013

Perguntas e Resposta I


Tamareira, Phoenix dactylifera
-Se devemos considerar o Velho Testamento como a pedra angular da Revelação Divina, qual a posição do Evangelho de Jesus na educação religiosa dos homens?
-O Velho Testamento é o alicerce da Revelação Divina. O Evangelho é o edifício da redenção das almas. Como tal, devia ser procurada a lição de Jesus, não mais para qualquer exposição teórica, mas visando cada discípulo o aperfeiçoamento de si mesmo, desdobrando as edificações do Divino Mestre no terreno definitivo do Espírito.


–Com Referência a Jesus, como interpretar o sentido das palavras de João: - “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e verdade?”.
-Antes de tudo, precisamos compreender que Jesus não foi um filósofo e nem poderá ser classificado entre os valores propriamente humanos, tendo-se em conta os valores divinos de sua hierarquia espiritual, na direção das coletividades terrícolas.
Enviado de Deus, Ele foi a representação do Pai junto do rebanho de filhos transviados do seu amor e da sua sabedoria, cuja tutela lhe foi confiada nas ordenações sagradas da vida no Infinito. Diretor angélico do orbe, seu coração não desdenhou a permanência direta entre os tutelados míseros e ignorantes, dando ensejo às palavras do apóstolo, acima referidas.


O apóstolo João recebeu missão diferente, na organização do Evangelho,considerando-se a diversidade de suas exposições em confronto com as narrações de seus companheiros?
-Ainda aí, temos de considerar a especialização das tarefas, no capítulo das obrigações conferidas a cada um. As peças nas narrações evangélicas identificam-se naturalmente, entre si, como partes indispensáveis de um todo, mas somos compelidos a observar que, se Mateus, Marcos e Lucas receberam a tarefa de apresentar, nos textos sagrados, o Pastor de Israel na sua feição sublime, a João coube a tarefa de revelar o Cristo Divino, na sua sagrada missão universalista.

“Jesus-Cristo é sem pai, sem mãe, sem genealogia” – Como interpretar essa afirmativa, em face da palavra de Mateus?
-Faz-se necessário entendermos a missão universalista do Evangelho de Jesus, através da palavra de João, para compreender tal afirmativa no tocante à genealogia do Mestre Divino, cujas sagradas raízes repousam no infinito do amor e de sabedoria em Deus.

–O sacrifício de Jesus deve ser apreciado tão-somente pela dolorosa expressão do Calvário?
-O Calvário representou o coroamento da obra do Senhor, mas o sacrifício na sua exemplificação se verificou em todos os dias da sua passagem pelo planeta. E o cristão deve buscar, antes de tudo, o modelo nos exemplos do Mestre, porque o Cristo ensinou com amor e humildade o segredo da felicidade espiritual, sendo imprescindível que todos os discípulos edifiquem no íntimo essas virtudes, com as quais saberão demonstrar ao calvário de suas dores, no momento oportuno.
 

–Numerosos discípulos do Evangelho consideram que o sacrifício do Gólgota não teria sido completo sem o máximo de dor material para o Mestre Divino. Como conceituar essa suposição em face da intensidade do sofrimento moral que a cruz lhe terá oferecido?
-A dor material é um fenômeno como os dos fogos de artifícios, em face dos legítimos valores espirituais. Homens do mundo, que morreram por uma ideia, muitas vezes não chegaram a experimentar a dor física, sentindo apenas a amargura da incompreensão do seu ideal.
Imaginai, pois, o Cristo, que se sacrificou pela Humanidade inteira, e chegareis a contemplá-Lo na imensidão da sua dor espiritual, augusta e indefinível para a nossa apreciação restrita e singela. De modo algum poderíamos fazer um estudo psicológico de Jesus, estabelecendo dados comparativos entre o Senhor e o homem. Em sua exemplificação divina, faz-se mister considerar, antes de tudo, o seu amor, a sua humildade, a sua renúncia por toda a Humanidade.

-Examinados esses fatores, a dor material teria significação especial para que a obra cristã ficasse consagrada? A dor espiritual, grande demais para ser compreendida, não constitui o ponto essencial da sai perfeita renúncia pelos homens?
Nesse particular, contudo, as criaturas humanas prosseguirão discutindo, como as crianças que somente admitem as realidades da vida de um adulto, quando se lhe fornece o conhecimento tomando por imagens o cabedal imediato dos seus brinquedos.


“Meu Pai e eu somos Um” – Poderemos receber mais alguns esclarecimento sobre essa afirmativa do Cristo?
-A afirmativa evidenciava a sua perfeita identidade com Deus, na direção de todos os processos atinentes à marcha evolutiva do planeta terrestre.
 

–São muitos os Espíritos em evolução na Terra, ou nas esferas mais próximas, que já viram o Cristo, experimentando a glória da sua presença divina?
-Toda a comunidade dos Espíritos encarnados na Terra, ou localizados em suas esferas de labor espiritual mais ligadas ao planeta, sentem a sagrada influência do Cristo, através da assistência de seus prepostos; todavia, pouquíssimos alcançarão a pureza indispensável para a contemplação do Mestre no seu plano divino.
 

–Poder-se-á reconhecer nas parábolas de Jesus a expressão fenomênica das palavras, guardando a eterna vibração de seu sentimento nos ensinos?
-Sim. As parábolas do Evangelho são como as sementes divinas que desabrochariam, mais tarde, em árvores de misericórdia e de sabedoria para a Humanidade.

–Como interpretar o Anticristo?
-Podemos simbolizar como Anticristo o conjunto das forças que operam contra o Evangelho, na Terra e nas esferas vizinhas do homem, mas, não devemos figurar nesse Anticristo um poder absoluto e definitivo que pudesse neutralizar a ação de Jesus, porquanto, com tal suposição, negaríamos a previdência e a bondade infinita de Deus.

Emmanuel, de “O CONSOLADOR”, 3ª Parte, cap. II (Evangelho), FCXavier, FEB
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL:DIVULGUE O ESPIRITISMO."

20 dezembro, 2013

A bênção do trabalho

Algodão, América Latina

Não te permitas a hora vazia.
Por cansaço ou desengano, irritabilidade ou enfado, desespero íntimo ou falta de estímulo, não te entregues ao desânimo.
O desânimo favorece a inutilidade e inspira ideias perniciosas.
Se recebes críticas, insiste na atividade, que falará melhor que tuas palavras.
Se a estafa te abate, muda de atitude mental e renova a tarefa, que a motivação nova te sustentará no ideal.
 

O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal.
O momento de perigo está na ociosidade, e não no sofrimento nem na luta árdua.
É a hora vazia que gera maledicência e intriga, vaidade e presunção, calúnia e boato, despeito e descrédito, inquietações e medo.
Não há ócio na Natureza.
Não te detenhas a falar sobre o mal. Atua no bem.
Verás que o trabalho de boa procedência sempre produz felicidade e paz.

Joanna de Ângelis / Médium Divaldo Franco
Livro: Leis Morais da Vida (extrato) - Ed. LEAL 

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16 dezembro, 2013

Em vigilância constante

Cachemira, Estado do Norte da Índia

Não se turbe a tua mente nem o teu coração ante as injunções do dia-a-dia.
Se te deixas arrastar pelas circunstâncias negativas, fatalmente cairás:
Na ira, que te levará a delinquir;
No ciúme, que desvaira e entorpece os sentimentos;
Na agressividade, que te faz um bruto;
Na maledicência, que facilmente te traveste em acusador infeliz;
Na sensualidade, que te reconduz às faixas primárias da vida;
Na cobiça, que te leva ao desequilíbrio;
Na inveja, que é tóxico destruidor;
Na indolência, que te torna um vivo-morto;
No ódio, que é veneno mortal.
Não te turbes, mentalmente, quando provocado desta ou daquela forma.
Porfia no culto da responsabilidade e do dever, até te libertares das paixões remanescentes em teu mundo íntimo.
Mantém-te em vigília e não te deixes arrastar à turbação mental ou emocional.

Marco Prisco / Médium Divaldo Franco
Livro: Rumos Libertadores (extrato) - Ed. LEAL

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09 dezembro, 2013

Sociedade Espírita de Paris, 8 de agosto de 1862 – Médium: Sr. Leymarie



Indicação de leitura: O corvo e a raposa

Desconfiai dos bajuladores: é a raça mentirosa; são encarnações de duas caras, que riem para vos enganar. Infeliz de quem neles acredita e escuta, porquanto neles as noções do verdadeiro logo se pervertem. E, contudo, quanta gente se deixa levar por esse engodo mentiroso da bajulação!

Ouvem satisfeitos o velhaco que alimenta as suas fraquezas, enquanto repelem o amigo sincero que lhes diz a verdade e lhes dá bons conselhos; atraem o falso amigo e afastam o verdadeiro e desinteressado. Para os agradar é preciso adular, aprovar tudo, tudo aplaudir e achar tudo bem, mesmo o absurdo.

E – coisa estranha! – repelem conselhos sensatos e acreditam na mentira do primeiro que vier, desde que tal mentira favoreça suas ideias. Que quereis? Querem ser enganados e o são. Muitas vezes só veem as consequências tarde demais; mas, então, o mal já está feito e não tem remédio.

De onde vem isto? A causa dessa imperfeição é, quase sempre, múltipla. A primeira, incontestavelmente, é o orgulho que os cega quanto à infalibilidade de seu próprio mérito, que julgam superior ao dos demais; tomam-no, assim, sem dificuldade, como modelo do senso comum.

A segunda decorre de uma falta de senso, que lhes não permite vejam o lado bom ou ruim das coisas; mas, ainda aqui, é o orgulho que oblitera o julgamento, porque, sem orgulho, desconfiariam de si mesmos, confiando-se aos que têm mais experiência.

Acreditai, ainda, que os Espíritos maus nem sempre estão alheios ao caso: adoram mistificar, armar ciladas; e quem nelas melhor poderão cair que os orgulhosos, que são lisonjeados?

O orgulho, para eles, é a falta de couraça de uns e a cupidez de outros, de que sabem tirar partido com habilidade, mas não se guardam de dirigir-se aos que são mais fortes que eles, moralmente falando.

Quereis subtrair-vos à influência dos Espíritos maus? Subi, subi tão alto em virtudes que eles não vos possam atingir e, então, sereis temidos por eles.

Mas se vos deixardes arrastar pela ponta da corda, eles a agarrarão para vos forçar a descida; chamar-vos-ão com voz melíflua, elogiar-vos-ão e, como o corvo, farão com que deixeis o queijo cair.

Sonnet -   Fonte: Revista Espírita, outubro de 1862.

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08 dezembro, 2013

Reconheço

Quirguistão

JESUS!

"Reconheço que a Tua vontade é sempre o melhor para cada um de nós; mas, se me permites algo pedir-Te, rogo me auxilies a ser uma bênção para os outros."






"Quando a Divina Providência nos apresenta alguém para auxiliar, é muito possível que esse alguém, sob o nosso amparo, se transforme na chave ideal para a solução de nossos problemas."

Emmanuel -  Psicografado por Francisco Cândido Xavier 

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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