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25 abril, 2013

Ante os problemas da vida


NOSSOS PROBLEMAS NEM SEMPRE SÃO TÃO GRANDES QUANTO A NOSSA INCAPACIDADE DE NOS DEFAZERMOS DELES.

Qualquer dificuldade se nos agiganta na imaginação, porque nos habituamos a excessiva inquietude em torno dela; sem dúvida, é forçoso criar clima propício à solução pacífica e edificante de crises que surjam e para isso justamente é que necessitamos cultivar serenidade e entendimento.
Reflitamos nos problemas cotidianos, categorizando-os por recursos renovadores.
 
Toda questão embaraçosa nos é apresentada qual se a vida nos propusesse um enigma.
Aceitemo-lo calmamente e vejamos como aproveitá-lo.
Comecemos por uma atitude de compreensão e simpatia, examinando-lhes as facetas.
 
HAITI
Se nos achamos perante uma situação desagradável, meditemos nela, não como pesar que nos afete individualmente, mas sim como episódio com funções no benefício geral, e ajudemo-lo a encaixar-se no mecanismo das circunstâncias, em louvor da harmonia comum. A pedra que acidentalmente nos fira será provavelmente a peça que sustentará a segurança na construção, e, porque nos haja trazido leve dissabor, isso não é motivo para arredá-la do serviço que deve prestar à coletividade.
 
Assim acontece com a crítica, com a desilusão, com o desentendimento ou com a perseguição gratuita.
Recebamo-los sem mágoa e observemos qual a mensagem favorável e útil de que se fazem veículo.
 
Tomada semelhante posição, verificaremos que a crítica nos auxilia, à maneira do inseticida capaz de imunizar a árvore do nosso trabalho contra pragas destruidoras que talvez nos ameacem de perto; aquilo que nomeamos como sendo desilusão passa a revelar-se por transformação imperiosa e benéfica; o desentendimento é a oportunidade que, muitas vezes, favorece a supressão de pequeninos obstáculos, antes de se formarem obstáculos maiores, e a perseguição gratuita habitualmente estabelece condições para que o apoio de nossos verdadeiros amigos se levante junto de nós, para união mais íntima e realizações mais amplas.
Nunca te amedrontes diante dos problemas que te apareçam.
Na maioria das circunstâncias, eles significam mudança e mudança pede adaptação à realidade para o bem de todos e mais acentuada felicidade para cada um, no nível em que cada um se coloque.
À frente de qualquer desafio, recordemos que todo problema é um convite da vida, em nome de Deus, para que venhamos a compreender mais amplamente, melhorar sempre e servir mais.

Livro: Encontro Marcado Emmanuel - Chico Xavier
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24 abril, 2013

Dando a mão a quem cai




Amigo(a), todos estamos sujeitos ao erro e cometendo falhas acabamos por sofrer quedas...

Somente não cai quem fica parado.

Quem caminha se expõe ao risco e o fato de falharmos em nossas responsabilidades em algum momento da vida deve ser encarado com discernimento.

Se isto ocorre conosco, ocorrerá também com o próximo.

Quando virmos amigos, colegas, familiares, conhecidos e mesmo estranhos em situações de erro, constrangimento, queda, meditemos na importância de usar de compreensão e não de crítica com esse alguém.

Usemos a indulgência.

Se for de nossa responsabilidade orientar tal criatura, façamos como pais, que buscam corrigir e ensinar, e mesmo enxergando a queda dos filhos, não deixam de estender a mão para amparar e reerguer.

Críticas ásperas e rigor excessivo afundam ainda mais quem está no solo da vergonha, do desencanto ou da tristeza.

Não esqueçamos: hoje erguemos; amanhã necessitaremos de ser erguidos.

Do livro: REFLEXÕES PARA A PAZ - Autor: JOAMAR ZANOLINI NAZARETH

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Flor de Lótus


Planta que floresce sobre a água, a flor de lótus, nativa da Ásia, é considerada sagrada em algumas culturas orientais.
Suas raízes nascem no lodo e seu caule vai se desenvolvendo na lama até alcançar seu tamanho total, quando o botão emerge na superfície da água para desabrochar ao sol.
À noite, as pétalas da flor se fecham e ela mergulha debaixo d’água. Antes de amanhecer, ela volta à superfície, onde se abre novamente.
Suas luminosas pétalas têm a propriedade de autolimpar-se, ou seja, conseguem repelir microorganismos e lodo, não deixando que a água a contamine e, por isso, é capaz de florescer em meio ao pântano.
 
Em um simbolismo utilizado no Oriente, a água lodosa que acolhe a planta é associada ao apego e aos desejos materiais e a flor que desabrocha sobre a água, em busca de luz, indica promessa de elevação espiritual.
Ela representa a superação da dor e do sofrimento no mundo físico em busca do crescimento espiritual e é considerada símbolo de pureza da alma.

                                                * * *

Podemos fazer uma analogia do desabrochar dessa flor com a forma com que nos envolvemos com as questões do mundo que nos cerca.
O objetivo principal da vida terrena é o aperfeiçoamento moral do Espírito. Aqueles que têm essa compreensão buscarão elevar-se sempre, independente das adversidades.
Quando as circunstâncias não nos forem favoráveis, quando as tentações nos cercarem, quando formos frequentemente chamados a testar nosso caráter, busquemos retirar o bom proveito da situação e lembremo-nos de Jesus.

Cristo propôs que vivêssemos no mundo sem ser do mundo.
Foi o exemplo vivo de que podemos passar por situações que nos atormentam os sentimentos e, mesmo assim, não nos deixarmos abater e seguirmos confiantes em nossos propósitos.
Mostrou-nos também que é possível usufruir das coisas do mundo e não nos deixarmos possuir por elas.
A vida social e em família faz parte do processo de evolução. Ninguém consegue a realização espiritual seguindo a sós.
É através dos relacionamentos que trocamos experiências e vamos trabalhando os sentimentos e nos conhecendo melhor a cada dia.
Por vezes, passamos por dificuldades de ordens diversas, mas devemos reconhecer que sem a presença desses testes, perderíamos as motivações que nos impulsionam ao crescimento e à melhora íntima.
              
                        * * *

A flor de lótus é exemplo de determinação, perseverança e superação, pois surge em meio ao lodo em que vive.
É prova de que nós também podemos buscar o crescimento espiritual e o aprimoramento moral em um meio que não nos seja favorável.
Ela leciona confiança em nós mesmos e crença em nossa própria beleza. Floresce diariamente em busca da luz, mostrando-nos que não importam os obstáculos e nem o quanto as circunstâncias possam parecer contrárias.
Não há nada que a impeça de florescer bela e formidável.

Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita. Em 16.4.2013.
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22 abril, 2013

Esquecimento do Passado



Muitas pessoas não crêem na reencarnação porque não recordam suas existências passadas. Não entendem que o esquecimento é refrigério para os que sofrem. Tantos irmãos voltam pela desencarnação ao plano espiritual em grande sofrimento... a dor do remorso não dá sossego e a culpa martela sua consciência a todo instante. Outros se desesperam de ver seus entes queridos sofrerem sem nada poder fazer. Pedem para esquecer... Voltando à carne para progredir, em geral não se consegue o equilíbrio estando-se ciente do passado.



Muitos, porém, recordam suas encarnações passadas e, quando não se tem uma maior compreensão sobre isso, essas lembranças podem desarmonizar sua existência atual, trazendo muitos transtornos. Há os espiritualmente maduros que recordam, e isso os faz entender melhor o momento presente.

Nossa preocupação não deve ser com o passado, este não podemos alterar. Muitas oportunidades tivemos, e teremos, de encarnar.

Devemos, sim, construir agora. É necessário querer progredir e fazê-lo hoje, porque seremos no futuro o que construirmos agora. É necessário parar, pensar, e assimilar o que aprendemos e passar a empregar esses conhecimentos em nossa vida. Não basta dizer que os ensinamentos espíritas são verdadeiros e belos. É preciso realizar com fidelidade o que a Doutrina nos tem ensinado não nos importando com o passado, porque dele só devemos recordar as lições valiosas e meditar sobre o bem que deixamos de fazer.

Tantas vezes temos recusado o convite do Pai; aproveitemos que temos agora o Espiritismo a nos convidar a participar do banquete nupcial e nos esforcemos para ser os escolhidos.

Pelo Espírito: ANTÔNIO CARLOS
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES 

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20 abril, 2013

O Desprendimento da Alma

Cemitério Peré Lachaise, Paris, França


Em se tratando de morte natural resultante da extinção das forças vitais por velhice ou enfermidade, o desprendimento opera-se gradualmente. Para o homem cuja alma se desmaterializou e cujos pensamentos se destacam das coisas terrenas, o desprendimento quase se completa antes da morte real, ou seja, tendo o corpo ainda vida orgânica, o Espírito já começa a penetrar a vida espiritual, apenas ligado à matéria por elo tão frágil que se rompe com a última pancada do coração.

No homem materializado e sensual, que mais viveu do corpo que do espírito, e para quem a vida espiritual nada significa, tudo contribui para estreitar os laços materiais; e quando a morte se aproxima, o desprendimento, embora também se opere gradualmente, demanda contínuos esforços. As convulsões da agonia são indícios da luta do Espírito, que às vezes procura romper os elos resistentes e outras vezes se agarra ao corpo, do qual uma força irresistível o arrebata com violência, molécula por molécula.


O desconhecimento da vida espiritual faz com que o Espírito se apegue à vida material, estreitando seus horizontes e resistindo à morte com todas as forças, com o que consegue prolongar a vida e, consequentemente, sua agonia, por dias, semanas ou meses. 


Em tais casos, a morte não implica o fim da agonia, pois a perturbação continua e ele, sentindo que vive, sem saber definir seu estado, sente e se ressente da doença que pôs fim aos seus dias, permanecendo com essa impressão indefinidamente, uma vez que continua ligado à matéria por meio de pontos de contato do perispírito com o corpo.

Dá-se o contrário com o homem que se espiritualizou durante a vida. Depois da morte, nem uma só reação o afeta. Seu despertar na vida espiritual é como quem desperta de um sono tranquilo, lépido, para iniciar uma nova fase de sua vida.
Fonte: O Consolador

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17 abril, 2013

Carência



Vives num mundo no qual a carência é uma constante, gerando desequilíbrio e promovendo violência.
Há carência afetiva, porque aqueles que desejam ser amados não se resolvem por amar com sentimento fraternal.
Permanece a carência de emprego, porque escasseia o número dos que desejam trabalhar com dignidade recebendo o salário justo.
 

Predomina a carência de saúde, em razão dos exageros alimentares, dos vícios e da rebeldia mental.
Espalha-se a carência econômica, como consequência da falta de solidariedade de todos no relacionamento de uns para com os outros.
Avoluma-se a carência de alimentos em várias áreas, enquanto noutras o desperdício é assustador.

Quase todas as pessoas se apresentam em carência, afirmando nada receberem, sem embargo, possuindo inúmeros recursos que são escassos noutras, mas que se recusam a oferecer-lhes. O problema da carência é o resultado do desamor ao próximo, à vida e ao dever.

A ociosidade de uns provoca a carência de outros.
O egoísmo de alguns responde pela carência de muitos.
A ambição de diversos gera a carência das multidões.

Faz-se necessário considerar que a terra ainda não é o paraíso, onde a abastança, a plenitude e a paz estabelecem um oásis de encantamento.

Escola de aprimoramento de almas, propõe um currículo rigoroso para a aprendizagem valiosa.
Reserve qualquer espaço de tempo para diminuir a carência vigente. Aprende a dar, a fim de que outras criaturas comecem a permutar. Observa a sabedoria da natureza, que reflete a misericórdia do Pai, inaugurando o período da fartura que só o amor sabe proporcionar.

Momentos de Renovação - Divaldo Franco -Joanna de Ângelis

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13 abril, 2013

A serpente e o sábio

Bombaim ou Mumbai, INDIA


Contam as tradições populares da Índia que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a passar por lá, receando-lhe o assalto. Mas um santo homem, a serviço de Deus, buscou a região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou:

- Minha irmã, é da lei que não façamos mal a ninguém.

A víbora recolheu-se, envergonhada. Continuou o sábio o seu caminho e a serpente modificou-se completamente. Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar dela. Quando lhe identificaram a submissão absoluta, homens, mulheres e crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo voltou pelo mesmo caminho e deliberou visitá-la. Espantou-se, observando tamanha ruína. A serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e carinhosa, mas as criaturas peseguiam-na. O sábio pensou, pensou e respondeu após ouví-la:

- Mas, minha irmã, ouve um engano de tua parte. Aconselhei-te a não morderes ninguém, a não praticares o assassínio e a perseguição, mas não te disse que evitasses de assustar os maus. Não ataques as criaturas de Deus, nossas irmãs no mesmo caminho da vida, mas defende a tua cooperação na obra do Senhor. Não mordas, nem firas, mas é preciso manter o perverso à distância, mostrando-lhe os teus dentes e emitindo os teus silvos.

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Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Os Mensageiros.
Ditado pelo Espírito André Luiz. FEB, 1944. Fonte: Espiritismo em Debate


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11 abril, 2013

Aprendendo a pedir o que realmente necessitamos!

PINTURA - Eustache Le Suer, séc.XVII


Se Jesus nos perguntasse: “Que queres que eu te faça?”, o que pediríamos a Ele? Essa foi a pergunta feita por Jesus ao cego Bartimeu (Lucas, 18:35-43), que vivia nas vizinhanças de Jericó, cidade situada à leste de Jerusalém, no deserto da Judéia. Embora cego, ele vivia sempre atento, esperando que surgisse uma oportunidade para se aproximar de Jesus. Quando ouviu rumores vindos da estrada, procurou se certificar do que se tratava. Ao saber que era Jesus que se aproximava, e como não havia quem o conduzisse, não teve dúvidas, gritou: -

“Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”. A multidão egoísta, como se quisesse Jesus somente para si, avançou sobre o cego para que ele se calasse. Mas ele não se intimidou; gritou de novo, mais forte ainda, e Jesus, então, parando a caminhada, pede que levem o cego até Ele e lhe faz a pergunta, curta e objetiva: - “Que queres que eu te faça?”. Bartimeu pede apenas aquilo que mais precisava: - “Que eu veja, Senhor!”. E Jesus lhe diz: - “A tua fé te salvou!”, isto é, por sua determinação e confiança, ele tornou-se merecedor e recuperou a visão.

Bartimeu nos ensina que não devemos nos abater por nossas próprias limitações; mantendo-se atento, vigilante, confiante, esperou que as circunstâncias lhe fossem favoráveis; não deixou passar a oportunidade de se aproximar de Jesus, pois sabia que somente Ele poderia ajudá-lo; não se fez de vítima diante do Mestre; não culpou ninguém por sua situação; não se acomodou esperando que outros o auxiliassem; não pediu nada além daquilo que lhe era fundamental: a visão.

Em nossas dificuldades e limitações, muitas vezes não conseguimos visualizar o que realmente nos é necessário a fim de encontrarmos a solução para os problemas que nos afligem. Nesses momentos, o que é então que devemos pedir a Jesus? Que Ele que nos conceda compreensão, entendimento, discernimento, sabedoria. São essas virtudes que realmente nos são fundamentais, para que possamos, por nós mesmos, confiantes na Bondade Divina, solucionar nossas dificuldades!

(Tema apresentado na reunião pública do dia 28 de junho de 2010)Fonte: GRUPO ESPÍRITA ALLAN KARDEC

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07 abril, 2013

Por que há Espíritos Negativos?

PINTURA - MARGARITA SIKORSKAIA



Muitas pessoas perguntam por que há tantos espíritos desencarnados apegados ao plano físico ou envolvidos em tramas obsessivas. A explicação para isso é das mais simples: a morte não muda ninguém! O desencarnado de hoje é aquele mesmo que estava encarnado ontem. Extrafisicamente, ele é o reflexo exato daquilo que manifestava no plano físico.

A morte não transforma a pessoa tacanha em "gênio do além" e nem o desequilibrado emocional em anjo sideral. A pessoa é, literalmente, após a morte, o mesmo que era antes de desencarnar. Nem mais, nem menos: ela é a mesma consciência, com os mesmos pensamentos e desejos de antes; somente foi ejetada para fora do corpo finalmente. E apenas pura causa e efeito: se é após a morte o que se foi em vida terrestre.
Para entendermos bem a mecânica desse processo, é só observarmos o que a maioria das pessoas busca na existência terrestre. Se a criatura busca desejos baixos na vida, é óbvio que seu corpo espiritual manifestará, também, energias de baixo nível. É por isso que encontramos tantos desencarnados em estado lastimável após a morte: já eram lastimáveis em vida, pois buscavam objetivos grosseiros.

Como dizia o mestre Léon Denis: “A morte não nos muda e, no além, somos apenas o que nos tornamos neste mundo. Daí a inferioridade de tantos seres desencarnados.”

Há muitos relatos antigos se referindo à influência nefasta dos espíritos negativos sobre as pessoas. Dependendo da época, do povo e da cultura vigente, a denominação desses espíritos variava: espíritos trevosos, almas penadas, fantasmas, espíritos inferiores, espíritos apegados, espectros malignos, demônios etc...Paulo de Tarso, o grande apóstolo cristão, sabia bastante sobre a ação desses espíritos infelizes, pois sofreu muitos assédios espirituais durante sua missão de espalhar os ideais cristãos. Por isso, ele escreveu o seguinte:

“Porque nós não temos de lutar contra o sangue e contra a carne, isto é, contra as paixões vulgares, mas contra os principados e protestados; contra os governadores das trevas deste mundo; contra os espíritos da maldade nos ares.”(Paulo de Tarso, Efésios, cap. 6: vers. 12)

Porfírio, grande iniciado espiritualista da antiguidade, também se referiu ao assunto: “A alma, mesmo depois da morte física, permanece ligada ao corpo por estranha ternura e uma afinidade tanto maior quanto mais bruscamente essa essência houver sido separada de seu envoltório; vemos almas em grande número voltear; desorientadas, em redor dos seus restos terrestres. Ainda mais, vemo-las procurar com diligência os despojos de cadáveres estranhos, e acima de tudo, o sangue fresco derramado, cujo vapor parece restituir-lhes, por alguns instantes, certas faculdades da vida.

Assim os feiticeiros abusam dessa noção no exercício de sua arte. Nenhum ignora como evocar, à força, as almas obrigando-as aparecer, seja agindo sobre os restos do corpo que deixaram, seja invocando-as no vapor do sangue derramado.”(Porfírio, Des Sacrifices, cap.II)

Paracelso (pseudônimo de Theophrastus Bombastus von Hohenheim; 1490-1541), o grande alquimista e ocultista do século XVI, escreveu o seguinte:
“Vamos conhecer agora a maneira como os espíritos podem nos prejudicar. Se desejamos com toda a nossa vontade o mal de outra pessoa, essa vontade que estáem nós acaba conseguindo uma verdadeira criação no espírito, impelindo-o a lutar contra o lado da pessoa que queremos ferir.

Então, se este espírito é perverso (mesmo que o corpo correspondente não seja), acaba deixando nele (no corpo) uma marca de pena ou sofrimento, de natureza espiritual em sua origem, ainda que seja corporal em algumas de suas manifestações.

Quando os espíritos travam essas lutas, acaba vencendo aquele que pôs mais ardor e veemência no combate. Segundo essa teoria, devem compreender que em tais contendas se produzirão feridas e outras doenças não corporais. Por conseguinte toda uma série de padecimentos do corpo pode começar desta maneira, desenvolvendo-se em seguida conforme a substancia espiritual.”(Paracelso; "A chave da Alquimia"; pág.129; Ed. Três)
 

Fonte: Espírita na Net

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06 abril, 2013

Prece a Sabedoria Infinita

PINTURA - HENRI MATISSE 1909

De pé sobre a Terra, meu sustentáculo. Minha nutriz e minha mãe, elevo os meus olhares para o infinito, sinto-me envolvido na imensa comunhão da vida; os eflúvios da Alma universal me penetram e fazem vibrar meu pensamento e meu coração; forças poderosas me sustentam, aviventam em mim a existência. Por toda parte onde a minha vista se estende, por toda parte a que minha inteligência se transporta, vejo, discirno contemplo a grande harmonia que rege os seres e, por vias diversas, os faz rumar para um fim único e sublime. Por toda parte vejo irradiar a Bondade, o Amor, a Justiça!
 
Ó meu Deus! Ó meu Deus! Ó meu Pai! Fonte de toda sabedoria, de todo o amor, Espírito Supremo cujo nome é Luz, eu te ofereço meus louvores e minhas aspirações! Que elas subam a Ti, qual um perfume de flores, qual sobem para o céu os odores inebriantes dos bosques. Ajuda-me a avançar na senda sagrada do conhecimento, para uma compreensão mais alta de tuas leis, a fim de que se desenvolva em mim mais simpatia, mais amor pela grande família humana; pois sei que pelo meu aperfeiçoamento moral, pela realização, pela aplicação ativa em torno de mim e, em proveito de todos, da caridade e da bondade aproximar-me-ei de ti, e merecerei conhecer-te melhor, comungar mais intimamente contigo na grande harmonia dos seres e das coisas. Ajuda-me a desprender-me da vida material, a compreender, a sentir o que é a vida superior, a vida infinita. Dissipa a obscuridade que me envolve; depõe em minha alma uma centelha desse fogo divino que aquece e abrasa os Espíritos das esferas celestes. Que tua doce luz e, com ela, os sentimentos de concórdia e de paz se derramem sobre todos os seres.

Léon Denis
Tirado do livro “O grande Enigma”
 
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04 abril, 2013

Depressão e Influência Espiritual


Acompanhei um caso interessante de depressão com um componente espiritual presente. Um rapaz de vinte e dois anos, universitário, revelou a sua mãe seu descontentamento com seu curso e sua vontade de deixá-lo. Mesmo com os conselhos contrários da mãe ele abandonou a faculdade. Passou a ficar muito tempo em casa, em seu quarto e a falar de forma monossilábica.
 

Emagreceu, pois comia muito pouco e passou a se demorar por muito tempo em frente à televisão. Ele morava só com a mãe. Seu pai havia falecido quando ele tinha doze anos e isso não abalou sua vida, pois sempre demonstrou disposição para viver e estudar.
Sempre foi bom aluno e não apresentou, desde a morte do pai, nenhum sintoma de qualquer transtorno. Porém, de repente, já adulto, passou a ter um comportamento não habitual e de isolamento progressivo. Conduzido a um médico, a muito custo, pela mãe, foi diagnosticada a depressão. Passou a tomar remédios, porém sem alteração nos sintomas.
 

A alguns quilômetros de sua casa, numa das reuniões mediúnicas do Centro Espírita Harmonia, apresentou-se um espírito dizendo-se sem fé e sem perspectiva em sua vida. Sabia que havia falecido há cerca de quarenta anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Disse ter se dedicado à religião, tornando-se padre, mas que não tinha muita convicção em suas pregações e em sua fé. Fora levado à religião por influência da tradição familiar, que reservava um dos filhos para o ministério de evangelizar o próximo.
Ele fora escolhido por ser o caçula. Mesmo aceitando o ofício, nunca se entusiasmou com a tarefa. Cometeu muitos desatinos, vivendo de forma moralmente condenável. Seus familiares se afastaram dele e seus fiéis não se sentiam bem ao seu lado nem o procuravam para conselhos. Achavam-no despreparado e evasivo em seus sermões. Viveu seus últimos dias doente, sem visitas e sem amigos. Faleceu com pouco mais de quarenta anos num hospital público, sem nenhum familiar próximo e sem que ninguém se lembrasse dele. Morreu como viveu, isolado e sem vínculos afetivos. Como a vida continua, perambulou pelo mundo dos espíritos em torno do ambiente religioso que viveu desnorteado procurando por Jesus e pelos santos da Igreja. Depois de algum tempo, sem encontrar o que esperava e sem saber o que fazer, à procura de algum referencial familiar, refugiou-se numa igreja distante daquela em que outrora pregara. 


Um dia, passados alguns anos desde seu falecimento, atraído por uma senhora que passou a ir àquela igreja, seguiu-a até sua casa. Lá encontrou um jovem universitário cheio de vida. Automaticamente ligou-se a ele por se sentir atraído pela sua jovialidade e disposição de viver.
Seu interesse pela senhora se deu por causa da persistente oração que fazia em favor do filho. Ela notara que seu filho estava vivendo algum processo difícil, que não compreendia, então resolveu buscar auxílio nos santos de sua devoção. Seus pensamentos e a projeção mental da imagem do rapaz atraíram o padre desencarnado.
Ele a seguiu à saída da igreja sem saber ao certo aonde ia, porém algo o levava a ela. Seu desejo era mais forte do que sua consciência do ato. No íntimo achava que iria encontrar uma resposta para sua vida, que se achava paralisada. Chegando à casa dela, ao ver o rapaz, sentiu-se atraído a ele. Estremeceu como se estivesse diante de alguém muito importante em sua vida. Sentiu um frio dentro de si e leve tremor no corpo. Teve ímpetos de abraçá-lo, mas se conteve, temendo uma reação contrária por parte do rapaz. Naquele momento constatou que o conhecia de algum lugar e que ele era alguém muito querido seu. Por sua vez, o rapaz, ante a situação, sem saber da presença do espírito em sua casa, sentiu uma sensação de pesar e tristeza, aliadas a certa alegria íntima simultânea. Levantou-se da cama e foi à sala, na qual sua mãe acabara de entrar. Ali estavam os três num mesmo ambiente, porém só o espírito tinha consciência do fato. Os outros dois acreditavam estar sozinhos. O rapaz, ao cumprimentar sua mãe, sem perceber a presença do espírito, disse-lhe não estar se sentindo bem naquele momento e pediu-lhe que fizesse uma oração. Feita a oração, acompanhada pelo padre desencarnado, que se sentiu muito bem ali, o rapaz melhorou e voltou ao seu quarto.
 

A partir daquele dia, por conta da presença de seu amigo padre desencarnado, sem disso ter consciência, foi se tornando uma pessoa isolada e sem ânimo para fazer o que habitualmente fazia. Depois de alguns dias sua mãe o levou a um médico.
Um dia, a vizinha, após a mãe lhe ter contado que seu filho não passara bem no dia anterior, convidou-a a levá-lo a um Centro Espírita, pois acreditava que a ocorrência poderia estar associada a alguma influência espiritual. Provavelmente a vizinha agira sob inspiração de espíritos, inclusive quando conseguiu levá-los ao Centro Espírita dias depois. Após insistentes convites da mãe, o rapaz se decidiu a ir, mesmo contrariado.
Lá chegando, acompanhado pelo espírito, que mesmo tendo consciência do lugar para onde estava indo, não se incomodou, o rapaz assistiu a uma palestra e tomou passes. Disse à mãe que se sentiu bem e que retornaria lá na semana seguinte. Por sua vez, durante o passe, o padre se sentiu desligado dele e permaneceu na Instituição, interessado no que lá ocorria. 


PINTURA - Cristian Deberget
Viu que ali se falava de religião de forma diferente da que se acostumara a pregar, sem dogmatismo nem subserviência. A palestra da noite discorreu sobre o Cristo-homem, que realizou sua vida de acordo com seus firmes propósitos de educar as pessoas a também realizarem seu próprio destino. O Cristo era mostrado como uma pessoa e não como um Deus. Como alguém que era capaz de aceitar o outro com suas deficiências, sem lhes exigir santidade. Isso lhe foi muito útil e recebido como um alento, pois se sentia culpado pelo seu passado. Era como se o próprio Cristo o absolvesse, sendo mostrado simplesmente um ser humano como ele.
 

Permaneceu ali naquela Instituição por alguns dias, até ser admitido numa de suas reuniões mediúnicas para o diálogo com aqueles que fazem parte do mundo do qual ele ainda não havia se desligado completamente.
Na reunião mediúnica, questionado sobre os motivos pelos quais se ligara àquele rapaz, disse não saber, bem como não se lembrar de nada que se referisse aos dois. Passou a acompanha-lo como se o fizesse a um grande amigo. Gostava do rapaz, sentindo-se bem ao seu lado, porém sem perceber que estaria prejudicando sua vida. Sua ligação psíquica com o rapaz desencadeou os sintomas da depressão. Não entendia que seu próprio estado mental contaminava o do outro.
 

Interessante como a influência espiritual, ou proximidade entre um espírito e outro que esteja em dimensão diferente, promove alterações psíquicas. Neste caso, pelo estado mental do padre falecido, a influência era negativa. Seria o que se chama de obsessão não intencional, por não haver desejo de domínio sobre o outro. Esse tipo de influência, que no caso específico contribuiu para a instalação da depressão, também é comum nos casos de síndrome de pânico. A proximidade psíquica entre espíritos desencarnado e encarnado pode provocar uma série de reações orgânicas concomitantemente a alterações no estado de consciência e em sua invasão pelo inconsciente.
 

O estudo dos processos psicogênicos certamente conduzirá a uma percepção das influências espirituais, além de uma melhor compreensão a respeito do inconsciente.
Passados alguns dias, após o desligamento voluntário do padre da companhia do rapaz, este veio a melhorar e a voltar à sua habitual jovialidade e ao interesse pelos estudos.
 

Muitos casos de depressão possuem um componente espiritual de difícil percepção. Às vezes se trata de parentes desencarnados que se ligam, por laços afetivos, ao encarnado, mas que lhe contaminam com seus pensamentos derrotistas. Outras vezes, o depressivo pode perder a motivação para a vida, por saber de antemão que enfrentará grandes desafios decorrentes de seu passado culposo. Parece que ele quer recuar da prova ou expiação a enfrentar. Ao se aproximar o período em que enfrentará seu próprio passado, acercam-se dele, espíritos que, pelo estado em que se encontram, influenciam sobremaneira seu psiquismo.
 

Depressivos desencarnados, quando se aproximam de pessoas pessimistas e frágeis psicologicamente, facilmente transmitem seus estados mentais. O processo de transferência se dá de períspirito a perispírito, de mente a mente, como num sistema de radiofrequência.
Um emite e o outro capta, estando ambos na mesma frequência psíquica.
Como em todos os casos, vale a pena selecionar as companhias que se quer ter. Quem sintoniza com a depressão atrairá depressivos e desiludidos nos dois lados da vida: material e espiritual.
A influência espiritual é fato normal, pois espíritos existem em toda parte. 


Alguns, mais adiantados, se estruturam em organizações espirituais que se assemelham às cidades, outros, ainda presos à sociedade terrena, permanecem vinculados ao que aqui ocorre. Estes últimos vivem e convivem com os encarnados, como se ainda estivessem no corpo físico. Transmitem e recebem fluidos, pensamentos e emoções. Adoecem e fazem adoecer.
 

Parece uma sociedade dentro da outra, numa incrível comunhão de idéias e de sentimentos. Pode-se observar que algumas atitudes resultam de intenções de um lado e de outro.
A depressão causada exclusivamente por influência espiritual, via de regra, apresenta sintomas mais perturbadores ao indivíduo, principalmente quanto à confusão mental que provoca.
Neste caso, será imprescindível o tratamento espiritual, para o esclarecimento também do espírito que a desencadeia.
 

A maneira mais adequada de identificar quando a depressão é causada por obsessão espiritual é verificar a existência de seus sintomas típicos. Os sintomas típicos da obsessão espiritual são:
1. Falhas frequentes no curso, conteúdo ou forma do pensamento, com conseqüentes perturbações no contato com a realidade;
2. Alterações frequentes de comportamento à revelia da pessoa, gerando constrangimentos e dificuldades em viver a normalidade cotidiana;
3. Perturbações psicóticas (alucinações, delírios persecutórios, audição de vozes, etc.), que provoquem dificuldades de conciliação com a normalidade do ego;
4. Alterações constantes da senso-percepção, promovendo constantes distorções na qualidade e quantidade do que é captado pelos cinco sentidos;
5. Sintomas característicos da Síndrome de Pânico (taquicardia, sensação de asfixia, medo sem causa aparente, suor frio nas extremidades, medo de sair sozinho, etc.), provocando alterações na vida diária;
6. Sensações típicas da mediunidade não educada, perturbando a vida e as relações da pessoa;
7. Alterações constantes na quantidade e qualidade do sono, provocando insônias ou dormir em quantidade além do habitual;
8. Recorrências em distúrbios descritos pela Psiquiatria como Transtornos Mentais, exceto aqueles cujas causas se devem a problemas neurológicos e aos congênitos.

Do livro: Alquimia do Amor, Depressão, Cura e Espiritualidade, 1ª Edição - Fundação Lar Harmonia 

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

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