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31 julho, 2012

Arvoredo

Sucupira, Pterodon emarginatus
Sabe-se que o Chico Xavier não raro, tinha o hábito de pedir a um amigo que, de quando em quando, o levasse de carro até a um arvoredo próximo à cidade. 

Quando se sentia mais enfraquecido fisicamente ou mesmo necessitando de superar este ou aquele abatimento, ele estimava ir até a um pequeno bosque nas imediações de Uberaba...Em lá chegando, descia do carro e se abraçava, de preferência, ao tronco das árvores mais velhas... Ele se abraçava uma, se abraçava a outra...Acariciava o tronco das árvores, conversava com elas... E saia completamente revigorado!...
Por Carlos Baccelli
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

Simplesmente!

Jerusalém - Pota de Jaffa
 Você diz: “está tudo tão difícil”, “não suporto mais”, está pensando como “vítima...”
 
Quando você diz: “está difícil”, mas “não impossível”, “vou superar”, está pensando como “um vencedor...”
 
Não viva como um desertor!
Não pense em derrota!
Não perca o estímulo!
Não desanime!
Não desiste de lutar!
Não perca a esperança!
Não se afaste de seus objetivos!
 
Tenha respeito por si mesmo!
Pratique o autoelogio!
Eleve a sua autoestima!
Não se dê por vencido!
Pense em Jesus e vá em frente!!!
Por João Zamoner
"JUNTE-SE A NOS NESTE IDEAL|: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

29 julho, 2012

Sempre Adiante

Ninguém na Terra, escapa,
Aos momentos de crise.
El Salvador

Agora é um prejuízo,
Depois é uma queda  em erro.

Aqui surge um desastre,
Mais além, é um desgosto

Hoje é a desilução,
Ante um amigo que foge.

Amahã, é a doença, 
Logo após, é outra dor.

Mas, trabalha e prossegue,
Deus te guarda o melhor.
Pelo Espírito Emmanuel.
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

27 julho, 2012

Cada Manhã

Gansos migratórios
Cada manhã, volves o corpo que te suporta a intemperança e recebes a benção do sol que te convida  ao trabalho, a palavra do amigo que te induz à esperança, o apoio constante da Natureza e reencontro com os desfetos para que aprendas a convertê-los em laços de beleza e harmonia e, sobretudo, a graça de lutar, por teu próprio aprimoramento, a fim de que o tempo te erga à vitória do Bem.

Não te rendas, portanto, ao derrotismo e à dúvida que te lançam na sombra, porque, além do tormento a que o homem se atira, teimoso e imprevidente, Deus permanece em paz, acendendo as estrelas e unindo as gotas d'água para que todos nós possamos elevar-nos dos abismos da treva para os Cismos da Luz.
Pelo Espírito Emmanuel Do Livro: De Alma e Luz, psicografia de Francisco C. Xavier.
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

23 julho, 2012

Estudando o Dinheiro

Jerusalém
Não é a autoridade que solapa a elevação da alma. É o abuso do poder.
Não é a inteligência que destila o veneno intelectual. É a maldade com que a mobilizamos.
Não é o tesouro verbalístico que abre feridas naqueles que nos ouvem. 
É o modo com que arremessamos o estilete da palavra.
Não é a beleza da forma que gera o fel do desencanto.
É a vaidade com que a malbaratamos no desequilíbrio.

Assim também não é o dinheiro que nos condena aos processos de angústia. É a nossa maneira de empregá-lo, quando nos esquecemos de facilitar a corrente do progresso, através da ação diligente na fraternidade e no devotamento ao bem, com que nos cabe colaborar no engrandecimento do trabalho e da vida. 

O ouro com Jesus é bálsamo na úlcera do enfermo, é gota de leite a criancinha desvalida, é remédio ao doente, é agasalho aos que tremem de frio, é socorro no lar sitiado pelo infortúnio, é assistência aos braços que suplicam atividade digna, é amparo aos animais e proteção à natureza.

 O cofre forte nas garraas da sovinice é metal enferrujado, suscitando a penúria, mas um vintém no serviço de Jesus pode converter-se em promissora sementeira de paz e felicidade. 
Não amaldições o dinheiro, instrumento passivo em suas mãos. Faze-o servir contigo, sob a inspiração do Cristo, e todas as tuas possibilidades financeiras serão valiosos talentos em teu caminho, cooperando com o teu esforço, na edificação do Reino de Deus.
Pelo Espírito Emannuel. Médium: Francisco Cândido Xavier. 
Do Livro: "Dinheiro" Edição IDE.
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

21 julho, 2012

Ante a lição

Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo". Paulo. (2Timóteo, 2:7.)
Ante a exposição da verdade, não te esquives a meditação sobre as luzes que recebes.

Quem fita o céu de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.
Itália

Debalde as escutarás palavras inspiradas de pregadores ardentes, se não decerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.

Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptosa frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.

Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.

Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com suas graças.
O apostolo Paulo é claro na observação.
"Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo".
Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa vontaade, dar-nos-à entendimento em tudo.
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

20 julho, 2012

Conseguis ir?

"vinde a mim..." JESUS(Mateus,11:28)
O crente escuta o apaelo do Mestre, anotando abençoadas consolações. O doutrinador repete-o para comunicar as vibrações de conforto espiritual aos ouvintes.

Todos ouvem as palavras do Cristo, as quais insistem para que a mente inquieta e o coração atormentado lhe procurem o regaço refrigerante... Contudo, se é fácil ouvir e repetir o "vinde a mim" do Senhor, quão difícil é "ir pra Ele"!

Aqui as palavras do Mestre se derramaram por vitalizante bálsamo, entretanto, os laços da convivência imediadista são demasiado fortes; além, assinala-se o convite divino, entre promessas de renovação para a jornada redentora, todavia, o cárcere do desânimo isola o espírito, através de grandes resistentes: acolá, o chamado do Alto ameniza as penas da alma desiludida, mas é quase impraticável a liberação dos impedimentos constituídos por pessoas e coisas, situações e interesses individuais.

Jesus, o nosso Salvador, estende-nos os braços amoráveis e compassivo. Com Ele, a vida enriquecer-se-à de valores imperecíveis e à sombra dos seus ensinamentos celestes seguiremos, pelo trabalho santificante, na direção da Pátria Universal...

Todos os crentes registram-lhe o apelo consolador, mas raros se revelam suficientemente valorosos na fé para lhe buscarem a companhia.
Em suma, é muito doce escutar o "vinde a mim"...
Entretanto, para falar com verdade, já consegues ir?
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."
                "JUNTE-SE ANÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

19 julho, 2012

A Lição da Aranha


O aprendiz perguntou ao orientador, depois da aula, em torno das dificuldades humanas.
- Instrutor, onde os motivos pelos quais sempre se multiplicam os obstáculos, diante dos homens, impedindo-lhes a sublimação espiritual?
O amigo convidou o discípulo a visitar um casarão próximo, semi-abandonado.
Entraram e, numa sala espaçosa, grande aranha se mostrava presa no centro da caprichosa rede de fios, entretecida por ela mesma.
- Vês esta aranha encarcerada no labirinto, feito por ela própria? - indagou o mentor.
Ante o sinal afirmativo do rapaz, o amigo acrescentou:
- Observemos.
Passados alguns instantes, apareceu jovem auxiliar de serviço, naquela moradia quase desabitada e usando um espanador, desfez o tecido, libertando a aranha, que se deu em esconder sob pesado móvel.
- Voltaremos amanhã para nossos apontamentos - falou o orientador.
No dia seguinte, professor e discípulo regressaram ao casarão e, num aposento diverso, a mesma aranha se apresara no centro de outros fios tecidos por ela própria.
Decorridos poucos segundos, a jovem da véspera reapareceu e acabou com a trama, libertando a aranha que se afastou, ocultando-se em antigo móvel desocupado.
Mais um dia e, pela terceira vez, o instrutor e o aprendiz retornaram ao mesmo local, surpreendendo a mesma aranha no centro de outra complicada rede de fios, criada por ela própria.
A jovem, já conhecida, surgiu e agitando o espanador libertou a aranha que, rapidamente, tomou novo esconderijo sob mala suspensa.
Foi então que o mentor, dirigindo-se ao rapaz, resumiu a lição, esclarecendo:
- Lembrou você que os homens lutam com grandes entraves, no caminho da elevação, mas é preciso reconhecer que a maioria dos nossos companheiros, no Plano Físico, quase sempre agem à maneira da aranha. O espanador providencial do sofrimento surge para libertá-los das prisões engendradas e construídas por eles, entretanto, que podemos fazer se eles mesmos se escondem nos hábitos que acalentam e, depois, usando o livre arbítrio, criam novos problemas para eles próprios?

Pelo Espírito EMMANUEL
(Agora é o Tempo, 25, FCXavier, edição IDEAL)
"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO".

12 julho, 2012

A menina e as árvores

Era uma vez uma bela menina que vivia perto de uma floresta. Morava num pequeno chalé de madeira, ajardinado.
Ela gostava de olhar as plantas e árvores da mata e queria cuidar delas para que, um dia, a floresta se transformasse num jardim e fosse perfeitamente organizada e feliz, como ela sempre sonhara.

A mata possuía uma mangueira alta, uma goiabeira frondosa e um jambeiro bem encorpado. A menina retirava os gafanhotos da mangueira, arrancava a trepadeira que insistia em subir na goiabeira e retirava todas as ervas daninhas, que brotavam no chão, perto do jambeiro. Todos os dias ela se sentia na obrigação de fazer esse trabalho, pois não sossegaria enquanto a mata não estivesse perfeitamente organizada. Queria fazer o bem para a floresta, mas, no fundo, queria a perfeição em sua obra.

Quando a menina chegara até aquela região, o antigo dono das terras, um mago muito sério e respeitado, dissera-lhe que deveria "ser boa para ser feliz". Logo em seguida o mago se foi, desaparecendo em meio à névoa da madrugada. E ela entendeu que ser boa era cuidar de tudo e não deixar nada faltar.

Curiosamente, a menina tinha ouvidos mágicos, que escutavam a linguagem das plantas. Ouvia reclamações da mangueira que gritava: “Ai! Há muitos gafanhotos em minhas folhas!”. E lá ia a menina para eliminá-los. Ouvia a goiabeira dizendo: “Ora, mas que abuso! Essa trepadeira não se cansa de subir em mim. Desse jeito, vai impedir que o sol me banhe e vou acabar morrendo!”. E lá ia a menina para dar um jeito nisso também. Quando já ia descansar um pouco, escutava o jambeiro gritando: “Socorro! Olha quantas ervas daninhas estão nascendo aqui ao meu lado! Elas vão roubar os nutrientes da minha terra e ai de mim!”. Imediatamente, a menina saía para capinar o terreno e resolver mais esse problema.

O tempo ia passando e nunca a mata virava jardim — a perfeição não acontecia, porque perfeição não é pra acontecer mesmo. E também nunca as árvores paravam de se queixar e de chamar a menina, que já estava se sentindo muito enfraquecida.
Sempre havia uma sensação de frustração, pois parecia uma tarefa interminável, um cansaço grande tomava conta dela. Sobretudo quando as árvores brigavam entre si. A mangueira se irritava com as flores que o jambeiro jogava no chão. O jambeiro não aceitava a aparência dos galhos tortos da goiabeira, que, por sua vez, reclamava porque a mangueira tinha raízes espaçosas demais. Os desentendimentos eram tão frequentes que a menina já não os conseguia controlar, e assistia às árvores arrancando as folhas umas das outras.

Um dia a menina percebeu que precisava de ajuda.
Havia uma tribo de índios ali perto com cinco sábios anciãos. Eram pajés, que acompanhavam a menina de longe, mas a amavam muito e queriam seu bem.

Quando a menina chegou até a aldeia para lhes contar sobre os problemas que vivia, os cinco pajés já estavam aguardando a sua chegada. A menina olhou para eles espantada, pois em seus olhos eles mostravam grande brilho, e ela sentia que eles tinham respostas importantes para ela.
Sentou-se então à frente dos índios. O mais velho de todos começou a falar:
Menina, nós observamos sua vida e já sabemos o que lhe acontece. Vimos, na fumaça da fogueira sagrada, tudo o que vem passando e queremos encontrar, junto com você, novos caminhos.
— Que bom! Mas antes me deixe explicar que preciso cuidar da mata, das árvores. É meu dever fazer tudo ficar perfeito — disse a menina. — Quero também dizer-lhes da minha dor, pois as árvores não me deixam em paz. Não posso descansar, pois elas sempre me chamam… E me maltratam também.
— Nós já sabemos o que você vem fazendo. Como dissemos, já vimos seu passado e seu presente na fumaça da fogueira sagrada. Sabemos da sua dor, e ela é grande; e queremos mostrar-lhe caminhos para o futuro. Isso é o que nos importa.

A menina então silenciou. Era necessário silenciar e abrir-se para receber as respostas.
Os cinco índios sábios então lhe apresentaram, cada um a seu turno, um caminho:
Primeiro caminho: Buscar a liberdade para si. A liberdade é um bem precioso. Você pode aprender com a natureza. O rio não se prende a regras. Se as chuvas forem muito fortes, ele transborda, sai do leito, muda o curso, alaga as regiões ribeirinhas. Se a estação for seca, ele diminui a vazão, desaparece quase, virando um riacho. Ele muda mostrando que é livre e flexível. Busque para si essa mesma leveza, essa liberdade, de às vezes ser diferente do que esperam de você; liberdade de mudar e de surpreender os outros. O rio nem sempre é bonzinho, e por isso mesmo ele é tão forte e respeitado.

Segundo caminho: Buscar a liberdade para o outro. Ainda aprendendo com a natureza, saiba que tudo acontece no seu ritmo e no seu tempo. Um homem cheio de boas intenções resolveu ajudar uma linda planta a florescer mais rápido. Achava que se ficasse ao seu lado ela iria se nutrir com amor. Ele se aproximava, sentava-se ao lado da planta e conversava com ela. Às vezes, até cantava para ela. Passava horas e horas do dia ali, querendo ajudar sua planta a produzir as mais belas flores. Mas, ao contrário, as folhas foram se tornando mirradas e murchas, e nenhuma flor despontava. Foi aí então que ele percebeu que, por ficar tanto tempo ao lado da planta, estava impedindo que o sol a banhasse. Sim, ele estava jogando sombra sobre ela. Foi fundamental descobrir que era preciso deixá-la mais tempo sozinha. E só assim ela conseguiu florescer. Portanto, liberte as árvores. Abdicar do poder sobre o outro é saber desapegar-se e permitir que ele encontre luz sozinho também. Quando libertamos o outro, deixamos que também aprenda com seus próprios erros; permitimos que seu fluxo de crescimento aconteça.

Terceiro caminho: Buscar o perdão para si. Perdoar a si mesma é ser auto-indulgente, abrindo espaço para uma vida mais feliz, dizendo com convicção: “Estou crescendo, quero aprender e mudar, mas não me obrigo a atingir a perfeição”. Os erros do passado ficaram lá atrás, numa curva do tempo. A natureza nos ensina que não vale a pena uma árvore chorar eternamente o fruto que deixou cair antes do tempo. Se assim ela fizer, não poderá olhar a beleza daqueles outros que já estão amadurecendo.

Quarto caminho: Buscar o perdão para o outro. Perdoar não é esquecer. Mas é recordar de outra maneira. Às vezes, erigimos altares à mágoa e ao rancor. Permitir que se vá qualquer desventura é bênção preciosa, é atitude inteligente. O mal só nos alcança quando assim permitimos. Não é o outro que nos fere, somos nós que nos ferimos com algo que o outro fez. As mãos dos índios devem estar sadias, não podem ter ferimentos, quando vão extrair a seiva do pau-roxo, pois ela é venenosa. Mas se a seiva entrar no corpo de algum índio e ele adoecer por conta disso, não poderá responsabilizar a planta. O problema era a sua mão que estava ferida, aberta. Aquilo que alguém fez, deixemos no passado, que é o seu lugar, sabendo que só nos atingiu porque, de alguma forma, abrimos espaço para tanto.

Quinto caminho: Esse quinto caminho não é algo para ser compreendido através de palavras. É algo para ser percebido com a alma.
E, dizendo isso, o velho pajé retirou um grande cristal mágico de uma cesta. E com a bela e reluzente pedra nas mãos, prosseguiu:
 — Observe essa pedra. Ela não é o céu, mas reflete o céu. Ela não é a terra, mas reflete a terra. Não é o fogo, mas reflete o fogo. Guarde nas suas mãos o poder de ser o que você quiser, refletindo aquilo de que você se aproxima. Observando esse cristal, peça ao Alto que lhe derrame luz e paz para seguir em frente, construindo seu futuro. Você é a única pessoa que tem esse poder! Leve esse presente: o cristal do auto-encontro.

A menina, emocionada, ficou ali olhando o cristal enquanto os cinco índios se afastavam. E, através da pedra, ela pôde ver muita coisa. Era como se a sua percepção tivesse aumentado. Ela viu, por exemplo, que, de tanto dar atenção às arvores da mata, o jardim do seu próprio chalé estava abandonado. A pequena rosa, o lírio e o crisântemo estavam murchos e amarelados, tristes… Ela também viu em uma das faces espelhadas do cristal, que ela mesma merecia cuidados. Lembrou que sua vida era também um jardim precioso e que era o momento de dar a si uma boa dose de atenção. Ali, em meio a tantas descobertas, desligou-se das coisas por algum tempo. Olhando para o cristal mágico parou de escutar os gritos das árvores e sentiu-se pronta a percorrer os seus próprios cinco caminhos.

Depois de alguns dias afastada, retornou. Estava até curiosa em saber o que havia acontecido com a mata e as árvores em sua ausência.
Chegando de volta, notou que a mangueira tinha encontrado sua própria forma de espantar os gafanhotos, derramando seiva por sobre partes de seu caule. Havia feito tentativas e encontrou uma saída por si mesma. Não estava tão bonita como antes, mas havia se fortalecido e na próxima primavera não teria mais problemas com as pragas. Certamente voltaria a ser frondosa e bela como antes. A goiabeira, por sua vez, acabou permitindo que a trepadeira se instalasse em seu tronco, e viu que era possível ter essa inquilina em seu corpo. Não teria a mesma quantidade de sol sobre suas folhas, não brilharia sozinha, mas poderia permitir mais frutos à mata, pois a trepadeira era, na verdade, um pé de maracujá. De outro lado, o jambeiro viu que as ervas daninhas cresceram, mas não o ameaçavam de verdade. Havia terra para todos. As borboletas gostaram das ervas que nasceram, pois tinham flores. Os pássaros agradeciam a presença do capim que eles usavam para fazer seus ninhos e cujas sementes lhe davam refeição saborosa.

A mata não estava perfeita como a menina queria, não podia ser chamada de um jardim, mas quem é que pode dizer como é que deve ser a perfeição? A menina viu que a natureza deu um jeito de resolver as coisas e que ela podia agora olhar para dentro de si.
Refletiu sobre as palavras do mago: “Você precisa ser boa para ser feliz”, e agora as interpretou de um outro modo. Era fundamental que ela fosse boa, antes de qualquer coisa, para si mesma, a fim de alcançar a felicidade.

Voltando ao seu chalé, colocou o cristal mágico sobre uma mesa e decidiu que viveria buscando caminhos novos. Decidiu que, a partir daquele dia, tudo ia mudar. O cristal mágico do auto-encontro iria nortear seus passos, pois dentro de si estavam todas as respostas. Olharia mais seu próprio jardim, cuidaria de suas próprias coisas.
 
A partir daquele dia, teve um universo maior de alternativas e, quando alguma árvore começava a chamá-la, tinha total liberdade de escolher se queria ou não interferir. Em virtude disso, as árvores aprenderam a crescer sozinhas. A menina, depois de alguns anos, foi chamada à aldeia. Os cinco pajés queriam saber como ela estava. Percebendo como havia se tornado sábia, permitiram que fosse, mesmo jovem, a sexta "anciã" da tribo que, com sua experiência, começaria a ajudar outras pessoas, sem jamais esquecer de si mesma. 
Por Kau Mascarenhas
"JUNTE-SE ANÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."

11 julho, 2012

Renovações

Pintura, Vincent Van Gogh, 1888


Pausar para refletir ou refazer.
Nunca estacionar para censurar ou lamentar.
Em toda parte e em qualquer tempo, vemos a vitalidade do Universo a exprimir-se, incessantemente. Árvores lançam fora de si as folhas inúteis e deitam vergônteas novas. Sementes lembrando fragmentos cadaverizados da Natureza são confiadas à terra que as fecunda, transfigurando-as com o tempo em gigantes do plano vegetal.

Em teu próprio corpo, o princípio da ação constante se manifesta; enquanto te guardas independente na esfera dos próprios pensamentos, milhões de células trabalham em teu favor. Alimentas-te e não te preocupas com os fenômenos da nutrição. Dormes e múltiplas operações fisiológicas se efetuam em ti, sem que precises tomar disso imediato conhecimento.


Queiramos ou não reconhecer a verdade, estamos mergulhados no oceano da Energia Divina, tanto quanto o peixe dentro dágua.


Nós, porém - as criaturas humanas -, somos almas conscientes, erguidas ao regime da responsabilidade pessoal ante os privilégios da razão e, conquanto "existamos e nos movamos em Deus", conforme a feliz assertiva do apóstolo Paulo, somos livres para pensar, imaginar, criar e estabelecer, gerando causas e consequências na esfera de nossos próprios destinos. Daí, a necessidade de nos enquadrarmos nos planos do Supremo Pai, quanto à edificação da felicidade de todos, aceitando e abençoando as renovações que se nos façam indispensáveis.


Acreditar na força do bem e cooperar com ela, na sustentação da harmonia geral, é imperativo da Lei Divina, de cuja execução não nos é lícito desvencilhar. Se intimados pelas circunstâncias a necessárias alterações na experiência cotidiana, louvemos a Divina Providência e vejamos como dirigir convenientemente as nossas possibilidades para que se faça o melhor com o nosso auxílio, na obra do progresso e do aprimoramento em nós e fora de nós.


Em quaisquer óbices que nos tentem barrar a jornada evolutiva, procuremos a superação deles, através da ação contínua no bem de todos.


Comparemos a nossa tarefa a um navio lançado ao mar. Tempestades sobrevêm e rochedos surgem, obrigando-nos, muita vez, a mudanças de rumo; no entanto, se cada um de nós se mantém fiel no posto de trabalho a que foi conduzido, com aplicação sincera ao próprio dever, nenhum perigo nos impelirá a desastre, porque, se o homem coopera, Deus opera, e se nós - a Humanidade - somos a equipagem na embarcação enorme do mundo, é preciso jamais esquecer que Deus está no leme!


Livro: Encontro Marcado

Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
"JUNTE-SE ANÓS NESTE IDEAL:DIVULGUE O ESPIRITISMO."

09 julho, 2012

Há Muitas Moradas na Casa do Meu Pai


 Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.
 Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar.
 E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.(João, XIV:1-3)

"JUNTE-SE A NÓS NESTE IDEAL: DIVULGUE O ESPIRITISMO."
“A cada dia basta seu mal”.
(Jesus)


Como enfrentar esses desafios intensos que rondam você? Qual a solução, afinal, para tudo isso?
O principal é você se aceitar como é.
Considere-se feliz e não se aborreça nunca!
 
Na vida tudo se resolve com oração, autoconfiança, calma e autoestima.
Seja forte diante das provações.
Nunca se descontrole diante das adversidades.
Mantenha sempre a cabeça erguida demonstrando coragem e confiança em Deus.
 
Tenha fé mesmo sofrendo o frio da incompreensão, as pedradas do desrespeito e da rejeição.
Para se feliz amanhã, comece a ser feliz hoje!
Por João Zamoner
"JUNTE SE A NÓS NESTE IDEAL:DIVULGUE O ESPIRITISMO."

08 julho, 2012

O Lado Fraco

São Paulo, Brasil
Não apenas os médiuns.
Viste, muita vez, os melhores amigos, iludidos na boa-fé.
Muitos que se acreditavam resguardados pelo dinheiro, caíram em miserabilidade pela exaltação da própria cobiça.
Outros que se supunham inacessíveis à tentação, desceram para as furnas do vício, arrastados pela fraqueza do sentimento.
Grandes Inteligências, categorizadas por infalíveis, rolaram na lama, por se haverem levantado em pedestais de orgulho.
 
Criaturas que consideravas como sendo poemas de beleza sublime, desfiguraram-se à pressa, mostrando máscaras de agonia, pelo abuso de prazer.
Pregadores do heroísmo social e doméstico acabaram no suicídio, escorregando na vaidade. Nobres tarefeiros do progresso pararam a máquina da própria ação, em meio do caminho, corroídos pelo desânimo.
 
Ninguém existe, no mundo, invulnerável ao erro.
 
Todos nós, encarnados e desencarnados, em aprimoramento na Terra, somos induzidos à ilusão através dos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior.
 
Em várias circunstâncias, enganamo-nos, todos, em matéria de posse, em problemas de família, em questões de influência, em convites do sexo, em apelos a honrarias ou em assuntos que se referem à preservação de nosso conforto...
 
Se surpreendes, assim, o companheiro em posição de queda, ajuda-o a reerguer-se para o trabalho digno, sem perda de tempo em comentários inúteis.
Se a natureza da falta te parece tão grave que te sentes inclinado à condenação dele, entra no mundo de ti mesmo e pede a Deus te ilumine a alma.
E, através da oração, a Benção Divina te fará perceber onde guardas também contigo a brecha triste do lado fraco.

Medium Francisco Candido Xavier, pelo espirito Emmanuel.

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