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29 outubro, 2010

Índice de suicídios no Brasil é problema de saúde pública, diz especialista

Le Cimetière du Père-Lachaise Paris, França
Jornal Folha de São Paulo, 29 de outubro de 2010  -  Guilherme Genestreti

No Brasil, 25 pessoas se matam por dia, fazendo do país o 11º colocado no ranking mundial de suicídios, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

As informações foram divulgadas pelo psiquiatra Neury José Botega, professor da Unicamp, durante a 28ª edição do Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que escolheu a prevenção do suicídio como um dos temas principais. 

"A questão do suicídio é realmente um problema de saúde pública porque temos um alto índice de pessoas que estão passando por muito sofrimento e que poderiam ter sido ajudadas caso não tivessem se matado", afirmou à Folha de São Paulo.

Segundo ele, os dados de suicídio podem ser ainda maiores do que os divulgados oficialmente, já que não é raro que muitos casos acabem recebendo outra caracterização na certidão de óbito: "O medo de não receber o dinheiro do seguro pode fazer com que muitas famílias pressionem os médicos a atestar falência múltipla dos órgãos em vez de suicídio".

Botega afirma que o aumento dos casos de depressão e de consumo de álcool e drogas são sinais preocupantes e que podem justificar o aumento dos índices de suicídio, principalmente entre adultos jovens: "São pessoas entre os 25 e os 40 anos que estão numa fase produtiva da vida. A competitividade e a solidão nas grandes cidades são alguns dos pacotes de alta tensão social que favorecem a uma sensação de desamparo e aumentam as formas alternativas de sentir prazer, como recorrer às drogas e ao álcool."

Segundo ele, os sinais de que alguém está cogitando tirar a própria vida não podem ser ignorados: "Aqui não vale a máxima do 'cão que ladra não morde'. Muitas vezes a pessoa dá sinais, fala até mesmo vagamente em se matar, mas acaba não sendo levada a sério".

ESTRATÉGIA
O psiquiatra apresentou no congresso dados de uma pesquisa internacional realizada pela OMS de que ele participou, comparando estratégias de prevenção ao suicídio.

Ao todo, foram analisadas 1.867 pessoas que tentaram o suicídio em cinco cidades do mundo. Após terem alta do hospital, metade delas recebeu o tratamento usual --mero encaminhamento a um serviço de saúde-- e a outra metade teve um acompanhamento intensivo, com entrevistas motivacionais e contatos telefônicos periódicos por 18 meses.

Ao final do experimento, apenas 0,2% das pessoas que receberam acompanhamento intensivo chegaram a praticar o suicídio, taxa dez vezes menor do que no grupo que recebeu o tratamento usual."O contato telefônico periódico criava uma rede de apoio e ajudava a pessoa que já tinha tentado se matar a ressignificar o que havia acontecido na vida dela", diz.
Associação Brasileira de Psiquiatria


(...)A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, enfim, as idéias materialistas, em uma palavra, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a fraqueza moral. E quando vemos homens de ciência, que se apóiam na autoridade de seu saber, para tentar provar aos seus ouvintes ou leitores que eles nada têm a esperar depois da morte, não os vemos tentando convencê-los de que, se estão infelizes, não há nada melhor a fazer do que se matarem? O que eles poderiam oferecer-lhes? Que esperança poderiam propor-lhes? Nada, além do nada! Do que se pode concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva possível, mais vale nele atirar-se logo do que deixar para mais tarde, aumentando assim o sofrimento.(...)
Com o Espiritismo, não sendo mais permitida a dúvida, muda-se a visão da vida. O crente sabe que a vida se prolonga indefinidamente para além do túmulo, mas em outras condições, inteiramente novas. Daí a paciência e a resignação, que afastam, naturalmente, a idéia de suicídio. É, em suma, a coragem moral.
 Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo V
"Junte-se a nós neste ideal: divulgue o Espiritismo."

28 outubro, 2010

A Mágica Opção

Foto - Juan Esteves

Apareceu num programa de televisão. Eram entrevistadas pessoas idosas, convidadas a falar sobre a velhice.
Tinha setenta e cinco anos, mas aparentava sessenta, espirituoso, bem disposto, dotado de incrível jovialidade.
– Nunca me senti velho! O corpo já não apresenta a mesma vitalidade; de vez em quando há “grilos” de saúde. É natural. Trata-se de uma máquina. Embora eu cuide bem dela, vai se desgastando… Mas o coração está ótimo, nos dois sentidos: bombeia, incansável, o sangue, sem “ratear”, e se mantém enamorado de encantadora donzela: a Vida! Nunca experimentei o “peso dos anos” ou a angústia de envelhecer. Cada dia é uma nova aventura e eu a aproveito integralmente.
– Qual a fórmula, que elixir milagroso é esse, que lhe garante essa perene juventude emocional, essa esfuziante alegria? – perguntou, admirado, o entrevistador.
– Elementar, meu filho. Toda manhã, quando desperto, digo para mim mesmo: “Você tem duas opções, neste dia: ser feliz ou infeliz.” Como não sou tolo, escolho a primeira. Simples, não?

                                           ***
As pessoas felizes vivem neste mesmo mundo de expiação e provas em que todos mourejamos. Sofrem, lutam, enfrentam problemas e dificuldades, dores e atribulações, enfermidades e desgastes…
No entanto, optaram pela felicidade, superando a velha tendência humana de autocomiseração; o masoquismo de autoflagelar-se com uma visão pessimista e desajustada da existência, o cultivo voluptuoso da mágoa…
Felicidade, como ensina a sabedoria popular, não é uma estação na jornada humana. Trata-se de uma maneira de viajar.
Independente do que nos faz a Vida, subordina-se ao que dela fazemos.
Livro "Atravessando a Rua", Richard Simonetti

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23 outubro, 2010

ATENÇÃO II

Quantas vezes, no mundo, temos sentido a incoveniência de certos hábitos com manifesta incapacidade para desvencilhar-mos deles?
Em quantas ocasiões, sabíamos previamente quanto nos doeriam as consequências de determinada ação infeliz e à ela nos atiramos para nosso próprio sofrimento?
Emmanuel



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22 outubro, 2010

Perante os Sonhos

'Eu era bom no que fazia', diz falso oficial que trabalhava na Secretaria de Segurança

RIO - O falso tenente-coronel do Exército Carlos da Cruz Sampaio Júnior , que trabalhou na Secretaria de Segurança, foi visitado, nesta quinta-feira, na Polinter do Grajaú, onde está preso, por seu advogado, Rodrigo Roca. Segundo o advogado, Sampaio estava abatido, com a barba por fazer, e lamentou:
- Eu era bom no que fazia.
O falso oficial está numa cela de 24 metros quadrados com dez detentos. Ele está preocupado com a possibilidade de a Justiça não aceitar o pedido de liberdade provisória.
Baú na casa de falso oficial tem mais de 20 uniformes
Na conversa com Roca, Sampaio disse que sempre quis ser militar do Exército e que teria feito prova para ingressar na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas não foi aprovado.
- Ele sempre teve ideias e projetos. Mas só passou a ser levado a sério quando se apresentou como coronel do Exército - disse Roca.
Em seu apartamento, em Vila Isabel, Sampaio guarda um dos segredos de sua "carreira". Num baú, há mais de 20 uniformes falsos, que ele usava de acordo com a ocasião. Se o destino fosse uma unidade da PM, o traje deveria ser a farda preta, usada por seções especiais, ou a cinza camuflada, igual à do Batalhão de Choque. Se o compromisso tinha algum representante das Forças Armadas, o falso oficial usava farda verde.
- Em qualquer lugar aonde ele fosse, gostava de ser respeitado, como se estivesse num quartel. Como tem uma fala firme, passava credibilidade a qualquer pessoa - contou uma de suas alunas de rapel.
A farsa de Sampaio foi descoberta depois que ele assumiu seu posto na Subsecretaria de Integração Operacional da Secretaria de Segurança.(...)
Fernando Torres, Guto Seabra e Herculano Barreto Filho  - Jornal Extra de 21 de outubro de 2010
Admitir os diversos tipos de sonhos, sabendo, porém, que a grande maioria deles se originam de reflexos psicológicos ou de transformações relativas ao próprio campo orgânico.
O Espírito encarnado e o corpo que o serve respiram em regime de reciprocidade no reino das vibrações.
Do Livro: Conduta Espírita, Pelo Espírito André Luiz

"E rejeita as questões loucas..." - Paulo (II Timóteo, 2:23)

20 outubro, 2010

Cartões I





O movimento da mãe natureza é de extraordinária beleza, quando conseguimos desenvolver o olhar capaz de percebê-lo.

A árvore sobranceira, ornada de
flores ou apinhada de frutos, cuja copa abundante tornou-se abrigo de animais e de caminhantes humanos, ainda a pouco tempo não passava de singela semente, em cuja intimidade o Criador estruturou o futuro do bosque ou da floresta.

O palácio real, soberbo, que alberga nobres famílias ou que serve de palco de diversas decisões para comunidades, confortável e seguro, foi erguido tijolo a tijolo, pouco a pouco, até que se alcançasse as dimensões projetadas. Até pouco tempo antes, toda a alvenaria que o compõe se encontrava desfeita no
barro informe, no corpo planetário, portando, potencialmente, as condições para tornar-se útil, sob o comando da humana inteligência.

A peça valiosa de linho, que veste indivíduos e que enfeita ambientes, emprestando-lhes elegância, requinte e frescor, ainda a pouco tremulava ao vento, verdejante, num formoso e ágil bailado. Não passaria de erva ressecada e abandonada, sem valor, se a inteligência do homem não a tivesse identificado, manufaturado e posto ao alcance de todos, transformando-a em valioso tecido.

Assim também, vemos que a criatura de bem, generosa e digna, ordeira e trabalhador, que engrandece a vida, onde quer que esteja, do mesmo modo que o delinquente atormentado e violento, calculista e frio, alvo da lamentação e do pavor onde se apresente, não são outros senão as crianças que cresceram sob os auspícios do amor e da liberdade ou sob a pressão do infortúnio e das limitações morais, respectivamente, levadas que foram por
mãos devotadas e atenciosas ou por outras, displicentes e viciosas. Por seu turno essas mãos pertenceram a adultos malformados, que passaram adiante o seu despreparo, ou foram próprias de outros indivíduos bem estruturados, que multiplicaram sua grandeza.

É tempo de atentarmos para o fato de que o futuro do nosso
planeta, no que diz respeito aos campos da ética e da moral quanto da ciência e da arte, será feliz ou desditoso, conforme se ache sob a governança de almas moralmente sadias ou espiritualmente doentes, em função dos direcionamentos por nós impressos no trabalho educacional.

Efetivamente, os que temos sob nossos cuidados sobre a educação infanto-juvenil, estejamos certos de que esses tempos bem aprumados do mundo ou os dias de desestruturação planetária estarão na dependência da nossa mentalidade e da nossa sensibilidade. Dependerá de nós a ventura ou a desventura da
humanidade que virá, inquestionavelmente.

A luz que coroará o mundo ou a sombra que o poderá toldar, estão sendo, desde agora, elaborados por todos os que temos o dever de orientar e bem educar, a começar pelos pais e pelos professores, até estender-se à mais ampla sociedade.

Clélia Rocha.
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 26.02.2006, na Fazenda Recreio, em Pedreira-SP


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19 outubro, 2010

"Sou mais humano e amoroso agora", diz um dos 33 mineiros resgatados no Chile

Dan McDougall

O mineiro chileno Edison Pena disse ter emergido dos escombros da mina San José "mais humano" e "mais amoroso" do que o homem que desceu por um túnel nas encostas de uma montanha para um turno de rotina.

Em depoimento à BBC após o dramático resgate da semana passada, o mineiro de 34 anos falou com franqueza da terrível realidade vivida pelo grupo de 33 mineiros, que passou 69 dias enterrado, sob condições extremas, 700 metros abaixo da superfície.
Conhecido como "o corredor", Pena --talvez um dos mais traumatizados do grupo-- deu continuidade, pessoalmente, a uma série de entrevistas à BBC que se iniciaram por meio de cartas, quando ele ainda estava soterrado.
"Por que não estou morto? Porque não é justo morrer. Por que eu deveria morrer? Por que eu deveria morrer?", perguntou o mineiro.
"Você tem alguma ideia de como é viver naquela escuridão? Você sabe? Eu não queria ficar lá. Por que tenho de ficar preso aqui? Não quero ficar preso aqui. Quero viver. Quero sair daqui", disse, relembrando os pensamentos que passaram por sua mente inúmeras vezes enquanto ficou confinado.
As primeiras entrevistas à BBC, por carta, foram vitais para o mineiro durante os dias de escuridão. Nelas, ele compartilhou com a equipe de jornalistas os detalhes da vida no subterrâneo enquanto equipes de resgate trabalhavam nervosamente para libertar os homens.
Em suas notas, transportadas pela mesma perfuração estreita por onde se enviavam suprimentos, ele contou que odiava a montanha e queria destruí-la, que corria e testava seu corpo fisicamente para tentar vencer, mentalmente, a parede de rocha que o confinava como uma tumba.
A equipe da BBC, por sua vez, respondia tentando encorajá-lo da melhor forma possível. "Destrua essa montanha. Odeie a montanha. Derrube-a com sua fúria", dizia a resposta ao mineiro.
FOME
Durante a entrevista, fica claro que o sentimento de amargura de Pena ante tudo o que sofreu é palpável e beira o delírio.
Edison Pena puxava paletas de madeira como exercício.
A fome intensa que sentiu durante os primeiros dias de aprisionamento --as costelas ainda visíveis na altura do peito-- parece ser o que mais o assombra hoje.
"Acho que, de hoje em diante, nenhum alimento será desperdiçado na minha casa. Quero dar uma grande mensagem em relação à fome no mundo. Eu nunca pensei em dar uma entrevista, mas agora acho que Deus estava nos protegendo, ele estava me protegendo, e com humildade eu não gostaria de deixar um grão de arroz ser desperdiçado em casa, por que isso é o que senti, aquela fome, e passar por aquilo novamente é demais para mim".
"É muito duro voltar da morte, é muito duro. Agora eu só quero viver, eu quero viver".
Os mineiros terão de se submeter a exames médicos regulares durante os próximos seis meses. O objetivo desses exames é ajudá-los a recuperar sua saúde e guiá-los durante um difícil período psicológico.
Os médicos se preocupam particularmente com doenças associadas ao estresse.
A cultura associada ao setor de mineração, onde trabalhadores são tidos como "durões", poderá ajudar alguns dos mineiros chilenos a superar seu trauma.
Psicólogos alertam, no entanto, para a possibilidade de que, justamente por terem a reputação de durões, eles deixem de pedir ajuda se precisarem de apoio emocional.
Edison Pena corria e fazia exercícios nos túneis
Segundo os psicólogos, é possível que alguns dos homens vivenciem ansiedade, flashbacks (quando lembranças de traumas vividos no passado voltam a assombrar a pessoa no presente) e outros sintomas do transtorno de estresse pós-traumático.
"FIQUE VIVO"
Falando com franqueza sobre os tormentos vividos, Pena disse que o apoio oferecido a ele pela parceira Angélica e pelas cartas trocadas com as pessoas do lado de fora o ajudaram a suportar o sofrimento.
Edison Pena -Mina San José, Chile
As palavras escritas --ele disse-- lhe deram conforto na escuridão. "Fique vivo", ele dizia a si mesmo.
Em uma série de fotografias tiradas com uma câmera enviada a Pena pela BBC, o mineiro revelou um pouco da vida que viveu na escuridão.
Diferentemente dos outros homens soterrados, que se voltaram para Deus em busca de apoio, Pena procurou salvação nos exercícios físicos. As fotos mostram o que fez para vencer seus demônios.
Pena corria cerca de oito quilômetros por dia na mina úmida, sob temperaturas em torno de 40 ºC. E para melhorar seus níveis de estamina (um estimulante natural do organismo) ele passou a arrastar uma caixa de madeira quando corria.
"Essas fotos são testemunhos, quero que todos entendam isso. Não quero me mostrar, não quero ficar famoso correndo. Acho que correr na superfície de novo, e ver a praia, acho que nada se compara a isso".
Apesar de tudo o que passou, o mineiro diz que vê um futuro melhor para si mesmo e sua família.
"Agora existe luz, antes não havia nenhuma. Lá, eu tinha de andar com uma lanterna. Agora, estou feliz em estar de volta ao meu país, e com esta luz. Eu achava que não ia voltar, mas voltei e estou muito feliz".

"Sou mais humano agora. Amo mais as pessoas, acredito em tocar as pessoas. Eu me amo muito mais".


18 outubro, 2010

Perdoar I

O Sr. Massataka Ota, pai de Ives, em entrevista a Revista Veja de 5 de setembro de 2001, afirmou:"Acho que perdoar não é dizer: Soltem os assasinos de meu filho. Perdoar é tirar o ódio de dentro de você. É não querer mais o mal da pessoa que fez o mal para você. Então, perdão é uma coisa e justiça é outra. A justiça tem de ser cumprida.
Foto - Juan Esteves
 "Sem Reconciliação não há futuro" - Nelson Mandela.

Música

"Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadas, emite de ti mesmo aquelas outras que se mostram capazes de gerar vida e elevação, otimismo e alegria." 
Emmanuel

14 outubro, 2010

Tratamento à distância



O irmão que desejar participar, deverá deixar seu nome completo, endereço, para ser colocado na caixinha de tratamento à distância.


Maiores Informações:


Click no Link descrito à esquerda deste Blog -  LAR DE FREI LUIZ

2010
Outubro
07 - 21
Novembro
04 - 18
Dezembro
02

Não há Morte

Enterro na Rede, 1944 - Cândido Portinari(1903-1962)


Depois que partiram do círculo carnal aqueles a quem amas, tens a impressão de que a vida perdeu a sua finalidade.

As horas ficam vazias, enquanto uma angústia que te dilacera e uma surda desesperação que te mina as energias se fazem a constante dos teus momentos de demorada agonia.

Estiveram ao teu lado como bênçãos de Deus, clareando o teu mundo de venturas com a tua presença e não pensaste, não te permitiste acreditar na possibilidade de que eles te pudessem preceder na viagem de retorno.

Cessados os primeiros instantes do impacto que a realidade te impôs, recapitulas as horas de alegria enquanto choras, sem conforta-te, como se as lágrimas carregassem ácido que te requeima desde a fonte do sentimento à comporta dos olhos, não diminuindo a ardência da saudade. . .

Antes da situação, o futuro se te desdobra sombrio, ameaçador, e interrogas como será possível prosseguir sem eles.

O teu coração pulsa destroçado e a tua dor moral se transforma em punhalada física, a revolver a lâmina que te macera em largo prazo.


Temes não suportar tão cruel sentimento. Conseguirás porém superá-lo. Muito justas, sim, tuas saudades e sofrimentos.

Não, porém, a ponto de levar-te ao desequilíbrio, à morte da esperança, à revolta. . .

Os seres a quem amas e que morreram, não se consumiram na voragem do aniquilamento. Eles sobreviveram.

A vida seria um engodo, se se destruísse ante morte que passa.

A vida se manifesta, se desenvolve em infinitos matizes e incontáveis expressões. A forma se modifica e se estrutura, se agrega e se decompõe passando de uma para outra expressão vibratória sem que a energia que a vitaliza dependa das circunstâncias transitórias em que se exterioriza.


Não estão portanto, mortos, no sentido de destruídos, os que transitaram ao teu lado e se transferiram de domicílio.

Prosseguem vivendo aqueles a quem amas.

Aguarda um pouco, enquanto, orando, a prece te traga calma a alma e os envolvas no rumo por onde seguem.

Não te imponhas mentalmente com altas doses de mágoas, com interrogações pressionantes, arrojando na direção deles os petardos vigorosos da tua incontida aflição.

Esforça-te por encontrar a resignação.

O amor vence, quando verdadeiro, qualquer distância e é ponte entre abismos, encurtando caminhos.

Da mesma forma que desejas poder voltar a senti-los, a falar-lhes, a ouvir-lhes, eles também o desejam.

Necessitam, porém, evoluir, quanto tu próprio.

Se te prendes a eles demoradamente ou os encarcera no egoísmo, desejando continuar uma etapa que hora se encerrou, não os fruirás, porque estarão na retaguarda.

Libertando-os, eles prosseguirão contigo, preparar-te-ão o reencontro, aguarda-te-ão...

Faze-te, a teu turno, digno deles, da sua confiança, e unge-te de amor com que enriqueças outras vidas em memórias deles, por afeição a eles.

Não penseis mais em termos de
“adeus” e, sim, em expressões de “até logo mais”.

                                ***

Todos os homens na terra são chamados a esse testemunho, o da temporária despedida. Considera, portanto, a imperiosa necessidade de pensar nessa injunção e deixa que a reflexão sobre a morte faça parte do teu programa de assuntos mentais, com que te armarás, desde já para o retorno, ou para enfrentar em paz a partida dos teus amores. . .


Quanto àqueles que viste partir, de quem sofres saudades infinitas e impreenchíveis vazios no sentimento, entrega-os a Deus, confiando-os e confiando-te ao Pai, na certeza de que, se souberes abrir a alma à esperança e a fé, conseguirás senti-los, ouvi-los, deles haurindo a confortadora energia com que te fortalecerás até o instante da união sem dor, sem sombra, sem separação pelos caminhos do tempo sem fim, no amanhã feliz.

(Psicografia de Divaldo Pereira Franco - mensagem extraída do livro “sementes da vida eterna” ) Pelo Espírito Joanna de Ângelis

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11 outubro, 2010

Perante a Enfermidade I

Cada prova tem uma razão de ser.
André Luiz, Médium Chico Xavier

10 outubro, 2010

Revelação e Reencarnação

Filme - Elizabeth 1998

Generaliza-se entre os cultores menos avisados do Reencarnacionismo a falsa crença de que, em vidas pretéritas, envergaram roupagens com que se destacavam em primeiro plano, no mentiroso mundo do poder e da fama.


Filme - Marie Antoinette 2006
Muitos dizem recordar os enfeites em todo o brilho de sua beleza de velhas Cortes onde eram amados e solicitados, e procuravam manter gestos e hábitos, que seriam remanescentes de tais existências.....
Reis rainhas, príncipes e princesas, nobres e membros de velhas linhagens, podem, facilmente, se encontrados entre eles....
Comandantes de exércitos e conquistadores de povos, artistas e gênios são apontados por espíritos insensatos ou obsidiados como sendo eles mesmos, constrangidos ao obscurantismo da atualidade...

Filme - Ben-Hur 1959
Foram informados - dizem - tiveram revelações.
Vivem de puerilidades, acalentando sonhos mentirosos, que lhes agradam sobremaneira.
Dão a impressão de que aos espíritos que vestiram os trajos da opulência, nos quais invariavelmente fracassaram, os Instrutores do Mundo Maior conferem de pronto o renascimento...
Rara ou excepcionalmente são encontrados antigos servos domésticos, modestos áulicos e pagens ou palafreneiros(homens que cuidavam na Idade Média, cavalo de parada dos reis e nobres)humildes, recomeçando as experiências na carne...
Homens e mulheres de vida obscura e ignorada não reportam entre os que cultivam tais aberrações, como fazendo crer, que depois das amargas aprovações experimentadas não mais lhes foi exigido o retorno ao carro celular.
Mui diversa, no entanto, é a realidade.
Aqueles que dominavam, soberanos, sob o peso de responsabilidades que não souberam ou não quiseram honrar, chegaram todos ao Mundo Maior em lamentáveis estados de conscienciais.
Amargurados e deprimidos, calcinados pelo horror, sofreram de perto a decepção humilhante e foram obrigados a considerar a extensão do desequilíbrio e da rebeldia a que se entregaram, inertes.
Filme - Slumdog Millionaire 2008
Vítimas desconhecidas, que o crime transformou em verdugos impenitentes, crivaram-nos de motejos e deles escarneceram violentamente, experimentando desespero difícil de qualificar, rogando, então, o presídio hospitalar da carne para esquecerem, recomeçarem, fugindo de si mesmos...
Renasceram e renascem, ainda, em enxergas de miséria física e moral, disfarçados para escaparem à sanha dos perseguidores.
Soberanos vaidosos e cruéis acordam no corpo carnal estigmatizados pelo micro, macro ou hidrocefalia, recordando as velhas e pesadas coroas...
Triunfadores e generais despertam nas trincheiras da loucura ou nas cidadelas da idiotia...
Viajantes das altas linhagens recomeçam cobertos de pústulas, venciddos pelas diversas manifestações da sífilis, da lepra, do câncer.
Negociantes regalados e administradores eminentes ressurgem, após os funestos fracassos, nas amarras da paralisia.
Filme - Rain Man 1988
Artistas e religiosos de relevo, intelectuais e estudiosos prevaricadores reaparecem consumidos pela insânia, como desordens psíquicas irreversíveis.
Campeões da beleza física ocultam-se em deformidades orgânicas e mentais quais esconderijos-fortaleza onde buscam o esquecimento, torturados, quase sempre, pelo sexo, em invencível descontrole... 
...E muitos dos seus antigos escravos e servidores humílimos, profissionais e batedores, ofereceram maternidade e braços em forma de socorro e lar para recambiarem, trazendo-os de novo ao palco da matéria densa.
Filhos e filhas do povo, rogaram, apiedados deles, tomá-los na viagem evolutiva para que pudessem reencetar a experiência espiritual.
Quando os vires nas ruas ou nos Frenocômios, em Abrigos ou às expensas da dor, sob acúleos ou cercados de novos tecidos finos, para eles sem valor, lembra-te dos a quem esmagaram, zombaram, destruíram no passado, desfilando em carros dourados, pisoteando com seus fogosos corcéis os que tombavam à frente aclamados e invejados, quase sempre, porém, temidos e odiados...
Ora por eles e apieda-te. São lições vivas, falando a Linguagem poderosa da Lei.
Reiniciam em pranto o caminho que perderam com orgias.
Filme- Jesus of the Nazareth 1978
Retemperam, na forja da soledade e do abandono aparente, o espírito, para aprenderem a valorização do tempo e da oportunidade.
Fixa, da lição deles, a experiência do equilíbrio e da sensatez, aprendendo a servir e a sofrer.
Não te preocupes em teres estado na História...
Se desejas informações, indagas o presente, e o hoje responderá para onde deves seguir e como deves seguir.
Jesus, o Filho do Altíssimo, apagou-se numa mansarda, procurando os infelizes e sofredores, o povaréu para elevar o homem aos Cismos Intransponíveis; e o Espiritimo, que nos ensina elevação e liberdade, com vistas ao Excelso Reino, ao cuidar do "esquecimento do passado" fala que...havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito da lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.
Do Livro: Espírito e Vida, cap.XXV, Pelo Espírito Joanna de Ângelis, médium Divaldo P. Franco
"Junte-se a nós neste ideal: divulgue o Espiritismo."




  

06 outubro, 2010

Diálogo com as sombras

Jogos Paraolímpicos
Como seres imperfeitos, temos, pois, de viver com o semelhante, também imperfeito. Não há como fugir de ninguém e isolar-se em torres de marfim, mosteiros inacessíveis, grutas perdidas na solidão.
Nosso trabalho é aqui mesmo, com o homem, a mulher, o velho, a criança, seres humanos como nós mesmos, com as mesmas angústias, inquietações, mazelas e imperfeições.
O que enxerga um pouco mais ajuda o cego, mas talvez este disponha de pernas para caminhar e pode, assim, amparar o coxo.
E quem sabe se o aleijado dispõe de conhecimento construtivo que possa transmitir ao mundo? Este, um dia, no futuro, voltará a falar, para ensinar e construir.
Somos, pois, uma tremenda multidão de estropiados espirituais, e a diferença evolutiva entre nós, aqui na Terra, não é lá grande coisa. Vivemos num universo inteiramente solidário, no qual uns devem suportar e amparar os outros, ou, na linguagem evangélica: amar-nos uns aos outros. Não é dificíl. E é necessário.
E como!...
Do Livro: Diálogo com as sombras, cap.II, Hermínio C. Miranda
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